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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Registrados 3.893 casos suspeitos de microcefalia relacionados ao zika

No Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, pesquisadora estuda o zika - Domingos Peixoto / O Globo
Desde o ano passado, o Brasil já registrou 3.893 casos suspeitos de microcefalia relacionados ao vírus zika, distribuídos por 764 municípios de 21 unidades da federação. Entram na conta tanto os casos confirmados como os descartados. Ao todo, são 3.381 notificações ainda em investigação, 224 em que há forte indicação de que é realmente zika, seis em que foi comprovada a presença do vírus, além de 282 casos já descartados. Os dados fazem parte de boletim divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério da Saúde.

Os números estão atualizados até o dia 16 de janeiro. No boletim anterior, divulgado na terça-feira da semana passada, eram 3.530 casos suspeitos ao longo de 2015 e primeiros dias de 2016. Em todo o ano de 2014, tinham sido registrados 147 casos suspeitos de microcefalia. O Ministério da Saúde também informou que, entre os seis bebês com microcefalia com exame laboratorial positivo para zika, o último a ter confirmada a relação com o vírus é de Minas Gerais. 

O número de mortes de bebês em que houve confirmação da contaminação pelo vírus não se alterou em relação à semana anterior e permanece igual a cinco. São quatro casos no Rio Grande do Norte e um Ceará. Há outros 44 óbitos sendo investigados, distribuídos por Bahia, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

A microcefalia é uma malformação em que os bebês nascem com a cabeça menor do que o tamanho normal e, em geral, está associada a retardo mental. O Ministério da Saúde comprovou a relação da epidemia da doença, que atinge principalmente o Nordeste, com o vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor de outras duas doenças: dengue e chikungunya. Os sintomas da febre zika são manchas vermelhas na pele, febre intermitente, conjuntivite, dores nas articulações, nos músculos e de cabeça. Mas em alguns casos, ela é assintomática, ou seja, a pessoa infectada não apresenta sintomas.

O estado de Pernambuco continua sendo o que tem o maior número de casos suspeitos: 1.306. No último boletim, eram 1.236. Em seguida vêm outros do Nordeste: Paraíba (665), Bahia (496), Ceará (216), Rio Grande do Norte (188), Sergipe (164) e Alagoas (158). Depois aparecem Mato Grosso (134 casos suspeitos) e Rio de Janeiro (122). Apenas seis estados não têm casos suspeitos: Acre, Amapá, Amazonas, Paraná, Rondônia e Santa Catarina.

Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de registro de novos casos diminuiu nas últimas semanas de 2015. Em 2016, começou a subir, mas depois caiu de novo. Para o diretor de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Claudio Maierovitch, esses números não refletem necessariamente o que acontece no mundo real. Mas ele acredita que já possa estar ocorrendo uma tendência de queda.

— Essa grande queda nas semanas 51 e 52 (as duas últimas semanas do ano) é uma queda artificial de Natal e Ano Novo. Mas parece que já se observa uma tendência de declínio na Região Nordeste. A gente vai precisar observar durante um tempo para ver se confirma e se mantém também — disse Maierovitch.

Segundo o Ministério da Saúde, há transmissão autóctone do vírus zika em 20 unidades da federação. Isso significa que a doença é transmitida dentro do próprio estado, e não trazida por alguém que se contaminou em outro local. Integram a lista: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, São Paulo e Tocantins.

A Secretaria de Saúde de Goiás também já confirmou transmissão autóctone, o que eleva a lista para 21 estados. Além de Goiás, apenas Acre, Amapá, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe não estão na lista. Isso não quer dizer necessariamente que o vírus não tenha circulado nesses lugares, apenas que não houve comprovação laboratorial. Como o zika provoca sintomas parecidos com o de outras doenças, como a dengue e a febre chikungunya, e muitas vezes é assintomático (ou seja, sequer há sintomas), não é possível descartar esses estados com segurança.

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), há transmissão autóctone do vírus zika em 15 países do continente - Barbados, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Suriname e Venezuela - e cinco territórios - Guadalupe (França), Guiana Francesa, Martinica (França), Porto Rico (Estados Unidos) e São Martinho (França). Até novembro, a transmissão autóctone tinha ocorrido apenas em quatro países ou territórios da região. Fora da América, Cabo Verde (na África) e a Polinésia Francesa (na Oceania), entre outros lugares, também já registraram circulação do vírus.

O Globo

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