O ministro da Saúde, Marcelo
Castro, fala sobre estudos com vacina contra zika - Michel Filho / O Globo
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Os testes para uma nova vacina
contra o vírus zika poderão começar em um ano. A previsão é do ministro da
Saúde, Marcelo Castro, que anunciou, na manhã desta quinta-feira, uma parceria
entre o Instituto Evandro Chagas e a Universidade do Texas para o
desenvolvimento da droga. O governo brasileiro vai repassar à instituição US$
1,9 milhão.
O período de um ano, de acordo
com Castro, seria apenas a fase laboratorial. A partir disso, pelo cronograma
desenhado, virão os testes clínicos em animais e humanos. Macacos e camundongos
serão testados ao mesmo tempo, para agilizar o processo. No total, na previsão
do ministro, a vacina poderá estar disponível para uso em 3 anos.
— Nossos técnicos estão muito
otimistas. Dentro de um ano, nós poderemos ter a vacina desenvolvida, não é a
vacina para ser aplicada — enfatizou Castro.
Além da parceria com a
Universidade do Texas, em Galveston, nos Estados Unidos, o ministro apresentou
uma extensa programação de estudos em torno do zika e da microcefalia. Ainda
nesta semana, segundo ele, virão ao Brasil 15 técnicos do Centro de Controle de
Doenças (CDC) dos Estados Unidos.
Nos dias 23 e 24, a
diretora-geral da Organização Mundial da Saúde, Margareth Chan, também estará
no país. Em 25 e 26, o governo receberá representantes do Departamento de Saúde
norte-americano (similar ao ministério brasileiro), do CDC, do National
Institutes of Health (NIH) e do Food and Drug Administration (FDA), que é uma
agência similar à Anvisa.
O governo quer fazer uma
parceria com o FDA para agilizar os entraves burocráticos do desenvolvimento da
vacina por parte do Instituto Evandro Chagas e da Universidade do Texas. A
ideia é que a agência americana trabalhe em conjunto com a Anvisa para agilizar
as autorizações necessárias ao longo do estudo até a comercialização da droga.
O Globo
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