
No caso das tarifas de ônibus urbano, a previsão é de
reajuste médio de 12,1% em 2016. Para o ano que vem, a alta deve ficar em 6,9%.
As estimativas estão no relatório de inflação do terceiro
trimestre. Nele, o Banco Central também prevê que o Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, deve ficar em 7,3%
neste ano. Se a estimativa se confirmar, será o segundo ano seguido com
inflação acima do teto da meta perseguida pelo BC, que é de 6,5%. Em 2015, a
inflação ficou em 10,67%, a maior taxa desde 2002.
Já para o Produto Interno Bruto (PIB), a autoridade
monetária estima uma contração de 3,3% neste ano e uma alta de 1,3% em 2017.
Corte nos juros
Para o ano que vem, entretanto, a autoridade monetária
prevê que a inflação oficial do país deve desacelerar e ficar próxima da meta
central para 2017, que é de 4,5%. Essa redução nas estimativas é um indicativo
de que o BC pode estar mais próximo de inciar o processo de corte dos juros
básicos da economia.
Isso porque as decisões do Comitê de Política Monetária
da instituição, colegiado formado por diretores e presidente do BC, são
"prospectivas", ou seja, são tomadas olhando para as expectativas de
inflação para os próximos meses.
Neste momento, o BC já olha o cenário de 2017 para tomar
essa decisão. O mercado financeiro acredita que os juros cairão ainda neste
ano, mas ainda resta uma dúvida se o corte poderá acontecer já no próximo
encontro do Copom, em meados de outubro, ou na última reunião deste ano, no fim
de novembro.
Com a queda do IPCA-15 em setembro, e a divulgação das
novas previsões do BC, a tendência é de aumentar chances de um corte de juros
já em meados do próximo mês. Atualmente, a taxa básica de juros está em 14,25%
ao ano - o maior nível em dez anos.
"O Copom avalia que uma flexibilização das condições
monetárias [corte nos juros] dependerá de fatores que permitam que os membros
do Comitê tenham maior confiança no alcance das metas para a inflação",
informou o BC no relatório de inflação.
Entre os fatores que podem permitir maior confiança no
alcance das metas está o encaminhamento das reformas fiscais (PEC do teto para
gastos, já enviada ao Congresso, e reforma da Previdência Social, cuja proposta
ainda será divulgada).
"Há sinais positivos em relação ao encaminhamento e
à apreciação das reformas fiscais. Entretanto, o processo de tramitação ainda
está no início e as incertezas quanto à aprovação e à implementação dos ajustes
necessários permanecem", informou o BC.
G1
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