O ministro da Defesa, Raul
Jungmann, afirmou que o Exército restabeleceu a segurança no Rio Grande do
Norte e que o fato de o Estado ter decretado estado de calamidade no Sistema de
Segurança Pública “não muda nada” no trabalho que está sendo feito. “O estado
está seguro pelo Exército. A segurança está conosco e a situação está normal”,
disse.
A Operação de Garantia da Lei
da Ordem (GLO) no Estado, denominada de Potiguar III, garantiu ao Rio Grande do
Norte a presença de 2,8 mil homens do Exército desde o último dia 29. Segundo o
ministro, não há previsão de aumento de efetivo.
No dia 1º, quando apresentou
um balanço dos primeiros dias da operação no Estado, o ministro afirmou que a
segurança proporcionada pela presença das Forcas Armadas pôde ser comprovada na
festa da virada do ano nas ruas. “Nós prometemos trazer tranquilidade,
trouxemos. Nós prometemos restaurar a ordem, ela está restaurada”, disse o
ministro na ocasião.
Jungmann ressaltou, no
entanto, que o apoio das Forças Armadas é uma situação extraordinária. “As
Forças Armadas não podem ficar permanentemente, nem aqui, nem em nenhum outro
Estado. Primeiro, porque a Constituição não permite. Em segundo lugar, o custo
é muito elevado”, destacou. “Nós sabemos que existem outros custos, mas esta (a
segurança pública) é uma atribuição do Estado do Rio Grande do Norte e compete
ao Estado restaurar de forma permanente”, destacou o ministro.
Crise financeira e greve. O
Rio Grande do Norte tem atravessado uma crise financeira e, com o decreto de
calamidade, o Estado pode pleitear mais recursos. Durante a coletiva no dia 1º
de janeiro, o ministro da Defesa anunciou que o governo federal liberou R$ 225
milhões para o Rio Grande do Norte para que salários atrasados possam ser
quitados.
Ele destacou ainda a decisão
do desembargador Cláudio Santos, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte
(TJRN), que determinou que os comandantes da Polícia Militar, do Corpo de
Bombeiros e o delegado-geral da Polícia Civil do Estado prendam os policiais
responsáveis “por incitar, defender ou provocar” a paralisação iniciada no
último dia 19.
Agora RN
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