O conselho consultivo sobre
internet e eleições criado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) apresenta na tarde
desta terça-feira por meio de videoconferência a representantes do WhatsApp
duas propostas para reduzir a proliferação de fake news nas eleições no Brasil.
O segundo turno está marcado
para o dia 28 de outubro.
A iniciativa é encampada pelas
organizações Safernet Brasil e CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil),
que fazem parte do conselho.
O documento que as
organizações levaram para ser discutido na reunião com o WhatsApp foi
protocolado no tribunal no início da tarde.
A primeira inciativa trata
sobre quais medidas técnicas podem ser tomadas para mitigar o risco de o
WhatsApp se tornar uma arma na informação falsa: reduzir o número de mensagens
encaminhadas para cinco e indicar ao destinatário se a mensagem foi repassada
ou criada originalmente por quem a enviou; reduzir o número de grupos criados
por um usuário único, de 9.999 para 499; limitar a participação de um usuário
em diferentes grupos (hoje é ilimitado); e limitar o encaminhamento de vídeos e
áudios até a eleição.
A segunda iniciativa trata
sobre medidas relacionadas à veracidade das informações compartilhadas pelos
usuários.
Para o grupo, o WhatsApp deve
implementar medidas que possibilitem a verificação de informações em sua
plataforma, assim como foi feito pelo Facebook.
“Esses conselhos visam, acima
de tudo, proteger a integridade das eleições e evitar o uso indevido do
aplicativo no Brasil. O WhatsApp é parte integrante da ferramenta de
comunicação dos brasileiros e a integridade de seu conteúdo é fator fundamental
para garantir que as pessoas possam continuar a confiar e usar a plataforma”,
diz o documento assinado por Thiago tavares, da Safernet Brasil, e Danilo
Doneda, da CGI.br.
“É hora de olhar para o futuro
e fazer o nosso melhor sob as circunstâncias que enfrentamos”, acrescentam.
Na segunda (15), a presidente
do TSE, ministra Rosa Weber, fez uma reunião com ministros da corte, outra com
os presidentes dos tribunais regionais eleitorais e outra com o ministro Raul
Jungmann (Segurança Pública), entre outras autoridades, para tratar sobre a
proliferação de fake news nas eleições.
Na quarta (17) ela deve se
reunir com representantes das campanhas dos presidenciáveis Fernando Haddad
(PT) e Jair Bolsonaro (PSL) para tratar sobre o tema.
A iniciativa ocorre depois de
o TSE ter sido inúmeras vezes criticado por eleitores, que levantaram suspeitas
sobre a segurança da urna eletrônica durante a votação do primeiro turno, em 7
de outubro.
Conforme mostrou a Folha, o
TSE falhou no combate a fake news no primeiro turno das eleições.
Folhapress
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