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Mensagens com ameaças se espalharam pelas redes sociais — Foto: Reprodução
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A Polícia Civil e o Ministério
Público Eleitoral do Rio Grande do Norte estão apurando a origem e a veracidade
de mensagens de um suposto grupo de WhatsApp intitulado "Opressores RN
17", nas quais são relatadas ameaças alegadamente feitas a eleitores de
Jair Bolsonaro (PSL), candidato à Presidência da República.
No grupo, também são feitas
promessas de estupro, morte e outros tipos de violência contra esses eleitores
após o 2º turno, em 28 de outubro.
Em nota, a coordenação geral
do PSL no Rio Grande do Norte disse que considera o grupo falso e que as
mensagens devem ser descartadas para que não venham a confundir o eleitor com
relação ao Programa do Governo Bolsonaro, “direcionado, acima de tudo, para os
bons costumes de toda a sociedade brasileira”.
As postagens vêm se espalhando
nas redes sociais desde o início da semana. O G1 teve acesso a algumas delas.
Em uma das mensagens, datada do dia 8 de outubro – portanto um dia após a votação
em primeiro turno – um dos participantes diz: “Tudo como planejado. Fiz uns
comuna se mijarem ontem rsrs”. E outro responde: “Fui em umas cinco zonas no
interior apontando minha Taurus na cara desses fdp e avisei se não votar 17
passo ferro kk”.
Em mais um trecho das mensagens, participante do suposto grupo diz ter ameaçado eleitores — Foto: Reprodução
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Por fim, um dos participantes ainda ressalta que o grupo só está recebendo ajuda de quem tiver arma — Foto: Reprodução
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Nesta quarta (17), o
Ministério Público Eleitoral divulgou que instaurou um procedimento para
analisar as denúncias e disse que, a depender das investigações, o caso poderá
ser tratado como crime eleitoral ou propaganda falsa.
Já a Delegacia Geral da
Polícia Civil, informou que designou, em caráter especial, o delegado Anderson
Tebalde, do Núcleo Especializado em Investigação Criminal (NEIC), para conduzir
o caso.
Abaixo, leia a íntegra das
notas divulgadas pelo Ministério Público Eleitoral e Polícia Civil do RN.
MPE
O Ministério Público Eleitoral
instaurou um procedimento para analisar as denúncias quanto ao suposto grupo de
whatsapp “Opressores RN 17”, no qual teriam sido feitas ameaças de morte,
estupro e outros tipos de violência a eleitores contrários, através da possível
organização de um grupo armado.
Após analisar os indícios de
veracidade, ou não, do diálogo mantido na rede social, a Procuradoria Regional
Eleitoral deverá decidir sobre a remessa do caso ao promotor eleitoral
competente, se for o caso de apuração de possível crime do artigo 301 do Código
Eleitoral (Usar de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar, ou não
votar, em determinado candidato ou partido, ainda que os fins visados não sejam
conseguidos).
Por outro lado, na hipótese de
se tratar de propaganda falsa (grupo fake), com intuito de promover publicidade
negativa de candidato, o procedimento será encaminhado para algum dos
procuradores auxiliares eleitorais.
Polícia Civil
A Polícia Civil investiga a
origem de mensagens trocadas por membros de um grupo no aplicativo What's App,
em que eleitores planejam e fazem apologia a atos de violência contra eleitores
do candidato adversário. Logo após tomar conhecimento do caso, a Delegacia
Geral da Polícia Civil (DEGEPOL) designou, em caráter especial, o delegado
Anderson Tebalde do Núcleo Especializado em Investigação Criminal (NEIC) para
conduzir o caso. A Polícia aguarda a conclusão das investigações para
responsabilizar os culpados.
G1
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