A procuradora-geral da
Assembleia Legislativa, Rita das Mercês Reinaldo, nega participação em esquema
fraudulento dentro do Poder Legislativo, investigado pela operação Dama de
Espadas. O advogado da servidora pública, que foi presa ontem (20), garante que
a procuradora é inocente e que não caberia a ela fazer nomeações dentro da
Assembleia.
Segundo o advogado Flaviano
Gama, Rita das Mercês afirma que o Ministério Público demonstrou
desconhecimento sobre os trâmites administrativos na Assembleia e que não está
comprovada a existência de funcionários "fantasmas". Além disso, o
advogado explica que não seria da competência da procuradora-geral a
interferência na folha de pagamento do Poder Legislativo.
"Não ficou comprovada a
existência de funcionários fantasmas e ela não teria participação nisso, até
porque não é ela quem escolhe ou fiscaliza as atividades das pessoas, se elas
estão trabalhando ou não", explicou o advogado.
De acordo com o advogado, a
procuradora-geral ainda não teve a oportunidade de expor ao Ministério Público
suas explicações e o depoimento, que estava marcado para a manhã de hoje (21),
não ocorreu.
"Recebi a informação
ontem do MP que seria hoje, mas no horário marcado para buscá-la (ela está
custodiada no Quartel do Corpo de Bombeiros) ninguém apareceu. Vamos
aguardar", explicou o advogado.
Rita das Mercês Reinaldo é
apontada como mentora do esquema de corrupção investigado pelo Ministério
Público. De acordo com a investigação, um grupo liderado pela procuradora-geral
da Casa, formado também por outros funcionários e um funcionário do banco
Santander, esviou aproximadamente R$ 5,5 milhões entre 2006 e 2011 dos cofres
da Assembleia, com a emissão de cheques-salário para supostos servidores
fantasmas e sacados pelos investigados.
Documentos apresentados pelo
Ministério Público mostram que o patrimônio de Rita das Mercês e do ex-marido,
José de Pádua Martins (chefe de Cerimonial da AL), cresceu 14 vezes durante o
período em que teriam ocorrido os saques irregulares.
Tribuan do Norte
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