A “guerra” entre a Red Bull e
sua fornecedora de motores, a Renault, deve se aproximar de um desfecho nos
próximos dias. Cansada das críticas negativas da equipe austríaca, a montadora
francesa está estudando já há alguns meses retornar à Fórmula 1 com time
próprio.
Agora, a decisão deve sair. De
acordo com a revista inglesa Autosport, a montadora comprará a Lotus. O negócio
deve ser fechado no início da semana que vem e anunciado no GP de Monza, na
Itália, cujas atividades começam na próxima quinta-feira.
Com isso, a Renault já
voltaria ao campeonato de Fórmula 1 em 2016. A revista informou também que, por
65% das ações da Lotus, a Renault pagará 65 milhões de libras, que equivalem a
R$ 360 milhões.
Com o atual proprietário da
Lotus, o grupo de investimentos Genii, devem ficar 25% das ações. Os outros 10%
caberiam, de acordo com a revista, ao
tetracampeão de Fórmula 1 Alain Prost. O francês desempenharia na Renault a
mesma função exercida por Niki Lauda na Mercedes – o austríaco é presidente não
executivo e consultor da atual campeã.
Sobre os pilotos que formariam
a dupla da Renault, ainda não há informações. Atualmente, estão na Lotus Romain
Grosjean e Pastor Maldonado.
Se a notícia se confirmar, a
Renault, que evidentemente usará motor próprio, terá de pagar indenização à
Mercedes por quebra de contrato. Desde o começo do ano, a alemã é a fornecedora
da Lotus.
Vale lembrar que a Renault
teve equipe própria até 2011, quando a vendeu justamente para a Lotus.
E A RED BULL?
Atualmente, a Renault fornece
motores à Red Bull e à sua equipe “B”, a Toro Rosso. Os dirigentes do time,
porém, estão insatisfeitos com o desempenho dos propulsores franceses e, por
meio da imprensa, desde o início do ano trocam farpas com a fornecedora.
O discurso da Red Bull prega
que seria a Renault a única responsável pelo desempenho abaixo do esperado da
equipe neste temporada. E até mesmo na passada. Isso porque, mesmo tendo ficado
em segundo lugar em 2014, o time austríaco, vencedor entre 2010 e 2013, jamais
ameaçou a Mercedes.
Desde o início do ano, são
diversos os rumores sobre o destino da Red Bull na Fórmula 1. Inicialmente, os
dirigentes ameaçaram deixar a categoria por causa das mudanças de regras que os
prejudicaram. Até hoje, fazem ameaças esporádicas, embora não tão enfáticas
quanto na primeira metade do ano.
Nos bastidores da categoria,
rumores começaram a circular. Primeiro, falou-se na entrada da Audi na Fórmula
1 para ser fornecedora da Red Bull. A ideia, porém, parece estar descartada, já
que a experiência da Honda, que ingressou este ano no campeonato, deixa claro
que nenhuma montadora vai conseguir entrar na categoria já vencendo.
No desenvolvimento dos
complexos motores, é necessária muita pesquisa e desenvolvimento. Assim como a
Honda,a Audi entraria com grande atraso em relação à Renault, Mercedes e
Ferrari.
Outro rumor apontou a entrada
da Aston Martin na categoria. Na verdade, os motores seriam Mercedes, que
recentemente fechou parceria com a marca
inglesa para desenvolvimento de propulsores para os carros de rua. Nesse acordo, a alemã levou também algumas
ações da fabricante de esportivos.
A ideia da Mercedes seria usar
motor com assinatura própria apenas em sua equipe e, para as demais, vender os
mesmos propulsores com a marca Aston Martin (leia detalhes aqui).
Chegou até a se cogitar uma
parceria da Red Bull com a Ferrari. Porém, a italiana venderia à austríaco
motores menos avançados do que os usados pela própria escuderia.
Então, por ora são muitos
rumores e nada concreto. Talvez o GP de Monza comece a dar algumas respostas
sobre o destino da Red Bull.
Estadão
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