O ministro do Turismo, Henrique
Eduardo Alves (PMDB), preferiu não dar declarações sobre a eventual citação
dele na delação premiada do lobista Fernando Soares - o "Fernando
Baiano", aos investigadores da Operação Lava Jato. A informação foi
prestada por sua assessoria de imprensa.
Hoje o jornal Folha de São
Paulo publicou reportagem afirmando que o homem apontado como o articulador do
PMDB no esquema de desvio de recursos da Petrobras investigado pela Operação
Lava Jato, Fernando Soares, poderia indicar ao Ministério Público Federal (MPF)
o envolvimento de três grandes nomes do partido. Entre eles, o do peemedebista
potiguar.
A Folha apurou que Baiano
citou os nomes de Henrique Eduardo Alves, Renan Calheiros, presidente do
Senado, e também de Eduardo Cunha, presidente da Câmara.
O lobista teria adiantado
ainda que tem como fornecer mais elementos também sobre o papel de Nestor
Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, no esquema.
As conversas com Baiano
começaram há cerca de um mês, em Curitiba, onde o lobista está preso numa cela
da Superintendência da Polícia Federal desde novembro de 2014. Só na última
semana, ele teve dois encontros com os procuradores, disse a Folha.
Conforme publicação do jornal
paulista, o acordo está praticamente fechado e deve ser feito na próxima
semana, segundo fontes ligadas a Policia Federal e à defesa do lobista.
Cunha,
Renan e Cerveró já são alvos da Lava Jato. Cunha foi denunciado ao STF (Supremo
Tribunal Federal) na semana passada por corrupção e lavagem de dinheiro.
Cerveró já foi condenado, também por corrupção e lavagem de dinheiro. Renan é
alvo de inquérito em curso no STF.
Pesadelo de volta
Essa não é a primeira vez que
Henrique Alves tem o nome citado em um escândalo envolvendo a Petrobras. Em
setembro do ano passado, enquanto disputava a campanha eleitoral para o cargo
de governador do Rio Grande do Norte, o então presidente da Câmara Federal foi
mencionado pela revista Veja sob a acusação de participar de um mega esquema de
lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto Youssef.
Na matéria publicada no dia 06
de setembro de 2014, o ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras, Paulo
Roberto Costa, havia aceitado os termos de um acordo de delação premiada e em
depoimento aos delegados e procuradores revelou o nome dos beneficiários do
esquema.
Entretanto, em março de 2015,
o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendou ao Supremo Tribunal
Federal (STF) o arquivamento do pedido de inquérito sobre o ex-presidente da
Câmara dos Deputados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente