Corpos foram levados para o
Instituto de Técnico-Científico de Polícia (Itep) (Foto: Emmily Virgílio/Inter
TV)
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Polícia faz revista de presos
(Foto: Adriano Abreu/Tribuna do Norte)
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Vinte e sete presos morreram
na rebelião da Penitenciária de Alcaçuz que já é a mais violenta da história do
Rio Grande do Norte. A informação foi confirmada pelo Governo do Estado. O
motim começou na tarde de sábado (14) e terminou 14h depois já na manhã deste
domingo (15).
Os corpos foram levados para o
Instituto de Técnico-Científico de Polícia (Itep) para que seja feita a
identificação, mas, por questões de segurança, seguiram de lá até o quartel da
PM. Um caminhão frigorífico foi alugado para armazenar os corpos enquanto não
acontece a liberação para os sepultamentos. Além disso, legistas do Ceará e da
Paraíba foram deslocados para ajudar no trabalho de identificação. Alguns
presos foram decapitados e outros esquartejados.
A identificação dos corpos
deve acontecer a partir da manhã de segunda-feira. Nenhum dos mortos foi
identificado por enquanto.
Nove presos que estavam com
ferimentos graves foram transferidos para o Pronto-socorro Clóvis Sarinho, em
Natal. De acordo com a direção do hospital, nenhum deles corre risco de morte,
mas não há previsão de alta.
Em entrevista coletiva
realizada na manhã deste domingo (15) o Governo do Estado informou que
identificou pelo menos seis líderes da rebelião. De acordo com a Secretaria de
Justiça e Cidadania (Sejuc), o governo vai pedir a transferências dos líderes
para presídios federais. Outros detentos devem ser transferidos ainda neste
domingo (15) para outras unidades prisionais do estado.
O titular da Sejuc, Wallber
Virgolino, confirmou que os presos do pavilhão 5 invadiram o pavilhão 4.
Segundo ele, um trabalho de contenção realizado por agentes penitenciários com
o uso de bombas de efeito moral evitou a entrada dos rebelados no pavilhão 1.
"Em termos de número de mortes essa é a maior rebelião da história do Rio
Grande do Norte", disse.
Ainda de acordo com o
secretário, a rebelião no Rio Grande do Norte não tem relação confirmada com os
motins no Amazonas e em Roraima. "Não há confirmação de relação, mas com
certeza as rebeliões naqueles presídios incentivaram o que aconteceu
aqui", disse Virgolino.
Três equipes de delegados da
Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e 15 homens estão responsáveis
pela perícia dos locais de crime.
A Penitenciária de Alcaçuz,
segundo o governo, ficou parcialmente destruída e não há previsão para
reconstrução. Ainda na tarde de sábado (14) um detento fugiu da penitenciária,
mas foi recapturado em seguida.
G1RN
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