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Chefes de facção que promoveu
matança no RN são levados para presídios federais (Foto: Andréa Tavares)
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Os cinco criminosos apontados
como chefes da facção que promoveu uma matança de presos na Penitenciária
Estadual de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, foram transferidos nesta
terça-feira (31) para presídios federais. Por questões de segurança, o governo
não informou para qual presídio eles serão levados.
Antes do embarque para os
presídios federais, os detentos, que estavam na Central de Flagrantes da
Polícia Civil, foram levados para o Instituto Técnico de Perícia (Itep), onde
foram submetidos a exame de corpo de delito. O helicóptero Potiguar I, da
Secretaria de Segurança Pública do RN, participa da ação de transferência.
O grupo prestou depoimento
dias após os crimes a uma comissão de delegados da Divisão de Homicídios e de
Proteção à Pessoa (DHPP). Entre o sábado (14) e o domingo (15), 26 detentos de
Alcaçuz morreram na rebelião que durou mais de 14 horas. Os presos transferidos
foram Paulo da Silva Santos, João Francisco do Santos, José Cândido Prado,
Paulo Márcio Rodrigues de Araújo e Thiago Souza Soares.
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Local para onde os chefes de
facção serão levados ainda não foi divulgado (Foto: Andréa Tavares)
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Ao todo, 111 detentos do
pavilhão 5 da Penitenciária Estadual de Alcaçuz poderão ter suas penas
aumentadas. Os presos foram ouvidos no sábado (28) e, de acordo com a Polícia
Civil, serão autuados de acordo com suas responsabilidades por posse de arma de
fogo, posse de drogas, dano qualificado, apologia ao crime, associação
criminosa ou motim.
Dois dos 26 detentos vítimas
da matança na Penitenciária de Alcaçuz foram mortos com tiros. É o que diz o
laudo da causa das mortes divulgado pelo Instituto Técnico-Científico de
Perícia (Itep). 15 foram decapitados, conforme divulgou o Itep em 16 de janeiro.
Outros foram mortos degolamento, perfurações ou sangraram até a morte. Três não
identificados foram queimados vivos.
O secretário estadual de
Justiça e Cidadania, Wallber Virgolino, informou que será aberta investigação
sobre a entrada de armas na penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta. Até
agora, agentes penitenciários da Força Tarefa de Intervenção Penitenciária
encontraram seis armas de fogo e três espingardas calibre 12 de fabricação
atersanal.
G1RN
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