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sexta-feira, 13 de julho de 2018

Legislativo discute Ensino a Distância para cursos da Saúde


A Assembleia Legislativa promoveu, na tarde desta quinta-feira (12), debate a respeito da modalidade de Ensino a Distância (EAD) para a área da Saúde. A audiência pública foi motivada pela preocupação de instituições ligadas ao setor, com relação ao tema. Na oportunidade, o objetivo foi aprofundar as discussões em torno do assunto, reunindo representantes de entidades interessadas e da sociedade civil, em busca de proposições e alternativas que contribuíssem para o aperfeiçoamento da oferta desses cursos e a consequente formação de profissionais aptos para o exercício pleno de suas atividades.

De acordo com o Professor Dr. William Peres, presidente da Comissão de Ensino do Conselho Federal de Farmácia (CFF), a tecnologia pode nos prover muitas informações, mas não é capaz de formar uma rede eficaz e completa de conhecimento nessa área. Ele afirmou também que é preciso ter cuidado com a qualidade do ensino na área da Saúde, mais ainda em se tratando de EAD. “O ensino a distância na Saúde acaba sendo uma incógnita para todos os envolvidos e pode se tornar um grande problema”, argumentou o professor.

Já Zilamar Camargo Costa, também membro do Conselho Federal de Farmácia, chamou a atenção para o fato de que, à medida que aumenta o número de cursos EAD numa instituição, a quantidade de cursos presenciais diminui. Ela disse também que acredita ser impossível oferecer ensino completo a distância para a Saúde. “Como realizar a prática sem um laboratório de ensino? E como suprir a essencial humanização dessas profissões, o contato com o paciente, o toque, o olho no olho?”, enfatizou.

Zilamar Costa falou ainda que não enxerga alternativas para esse tipo de modalidade na referida área. “No nosso setor de trabalho, é preciso ter foco no cuidado, no ser humano. O EAD é, sem dúvida, válido como ferramenta para outras áreas de formação, mas não para a nossa”, concluiu.

Por outro lado, o representante da Coordenação de Ensino a Distância da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ricardo Valentim, posicionou-se a favor desse tipo de ensino para todas as áreas de formação profissional, inclusive a da Saúde.

O professor citou o caso de países, como Canadá, Noruega, Alemanha e Estados Unidos, com elevados índices de educação, que possuem ensino a distância na Saúde. “Se criarmos lei proibindo o EAD para a Saúde, não estaremos criando nenhum privilégio para as universidades; estaremos apenas excluindo nosso estado do que vem acontecendo no Brasil e no mundo”.

O representante da UFRN explicou que deve ser verificada a qualidade do ensino de certas universidades, mas não se pode criticar uma modalidade inteira. “É preciso que, caso seja criada, a lei promova e fortaleça o ensino a distância com responsabilidade e bom planejamento”, completou.

A presidente da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN), professora Francisca Liberalino, por sua vez, esclareceu que ministra aulas e é estudante de cursos de pós-graduação na área, na modalidade EAD. Porém, no caso de graduação, ela é contrária à prática. “Muitas técnicas, procedimentos e o trato com os pacientes exigem a parte presencial. Não há como dissociar o cuidado e a assistência às pessoas do contato presencial”, enfatizou a professora.

Representando a Secretaria de Saúde de Natal, Samara Sybelle falou do papel do órgão, que é ser cenário de prática para essas atividades. Além disso, ela citou a função regulatória da entidade. “Dentro do município, temos instrumentos reguladores que, dentre outros assuntos, determinam que todo aluno deve realizar atividade acadêmica em instituição devidamente conveniada. E há todo um protocolo para firmar convênio com as instituições de ensino”, explicou.

Samara Sybelle esclareceu também que, na modalidade EAD, na área de Saúde, a Secretaria possui convênios apenas para cursos de pós-graduação na UFRN. “Os discentes que nos atendem no Sistema Único de Saúde são de formação presencial, justamente porque acreditamos ser essencial essa modalidade no ensino-aprendizagem básico da área da Saúde”, concluiu.


ALRN

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