Greve nos bancos de Angicos. (Foto: Erick Souza/Blog do Carlos Costa). |
Bancários de todo o país devem
entrar em greve a partir desta terça-feira (6) por tempo indeterminado, segundo
a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). A
paralisação foi aprovada em assembleia na última quinta-feira (1º). No início
do dia, pelo menos 21 estados e o Distrito Federal tinham agências fechadas.
Veja a situação no DF, RN e nos outro 20 estados afetados.
Acre
Agências bancárias de Rio
Branco e interior do Acre aderiram à paralisação nacional que começou nesta
terça-feira (6). O Sindicato ainda não soube informar quantas agências devem
paralisar e ainda organizam o movimento.
Alagoas
Apesar de começar oficialmente
nesta terça, a greve dos bancários já gerava transtornos para os usuários de
Maceió desde à tarde da véspera, quando se formaram filas nas salas de
atendimento de algumas agências por causa da falta de dinheiro nos caixas
eletrônicos.
Amazonas
A greve vai afetar o
funcionamento de agências em Manaus e no interior do estado. Ainda não há
estimativa de quantas agências já tiveram as atividades afetadas. Um
levantamento do Seeb-AM aponta que Manaus tem 94 das quase 168 agências
bancárias do estado. Ao todo, há mais de 3 mil bancários no Amazonas. Cerca da
metade atua na capital.
Amapá
Bancários do estado iniciaram
greve por tempo indeterminado nas agências de todos os municípios. O sindicato
local informou que não há previsão de quantas das 42 agências serão abrangidas
pelo movimento no estado. Elas equivalem a 852 bancários. Segundo a categoria,
30% do efetivo continuam desempenhando as atividades nas instituições
financeiras.
Bahia
Os funcionários de bancos
entram em greve a partir desta terça-feira (6) em toda a Bahia, de acordo com o
Sindicato dos Bancários. A paralisação acompanha o movimento nacional da
categoria e foi deflagrada em assembleia na quinta-feira (1º).
Ceará
Os bancários iniciaram greve
no Ceará nesta terça-feira (6) por tempo indeterminado. O Sindicato dos
Bancários do Ceará não soube informar quantas agências aderiram à paralisação.
Trabalhadores em greve estão
concentrados no Centro da capital, na Praça do Carmo, e devem seguir pela Rua
Barão do Rio Branco. Segundo o sindicato da categoria, são mais de 10 mil
bancários em mais de 500 agências no estado.
Distrito Federal
Por causa da paralisação
nacional, agências amanheceram com cartazes afixados indicando a mobilização,
que vai reduzir os serviços nas agências. A categoria reivindica aumento de 15%
(sendo que 10% são para cobrir perdas com inflação e 5% representariam aumento
real).
Pela estimativa do Sindicato
dos Bancários de Brasília, existem cerca de 600 unidades de atendimento em todo
o DF, onde trabalham 30 mil bancários. Até as 7h16, o sindicato não estimou
quantas agências foram fechadas nem o número de trabalhadores que aderiram à
paralisação. O piso da categoria é de R$ 1,9 mil.
Goiás
De acordo com o Sindicato dos
Bancários do Estado de Goiás, 60% das agências de bancos públicos e privados em
Goiânia e no interior estarão com o atendimento suspenso.
Segundo o presidente do
sindicato, Sérgio Luiz da Costa, vários serviços serão afetados pela greve. “A
expectativa é que o primeiro dia de greve já comece com uma movimentação bem
forte. Estarão suspensos os serviços que os clientes utilizam dentro das
agências, relacionados ao FGTS, seguro desemprego, contratos, revalidação de
senha de cartão, abertura de contas, vendas de produtos, entre outros”,
afirmou.
Espírito Santo
Os bancários do Espírito Santo
também decidiram entrar em greve. O Sindibancários foi procurado pelo G1, mas,
por enquanto, não soube informar quantas agências aderiram à paralisação. Um
levantamento será feito ao longo da manhã, e a expectativa é que o número seja
divulgado ao meio-dia.
Mato Grosso
Os bancários de Mato Grosso
entraram em greve a partir desta terça-feira para reivindicar reajuste salarial
de 14,78%, além de melhores condições de trabalho e investimento em segurança.
Segundo o Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT), apenas 30% do
efetivo será mantido durante o período de greve, no entanto, os clientes terão
acesso somente ao serviço de autoatendimento nos caixas eletrônicos.
Minas Gerais
Bancários de 27 agências do
Norte de Minas Gerais aderiram à greve que teve início nessa terça-feira (6).
Luiz Carlos Rocha Caldeira, presidente do sindicato que representa a categoria
em 74 municípios da região, afirma que o levantamento é inicial e que mais
profissionais devem aderir ao movimento. Em Montes Claros, houve a adesão de
profissionais dos Bancos do Brasil, Nordeste, Bradesco e Caixa Econômica.
Pará
Em toda Região Metropolitana
de Belém, na porta das agências bancárias o aviso anunciava que não haveria
expediente. A última paralisação dos bancários ocorreu em outubro de 2015 e
teve duração de 21 dias, com agências de bancos públicos e privados fechadas em
todo o Brasil.
O Sindicato dos Bancários em
Santarém, no oeste do Pará, também aderiu à greve nacional da categoria.
Paraíba
Os bancários da Paraíba
iniciam nesta terça-feira (6) uma greve geral por tempo indeterminado. Com a
paralisação, os serviços bancários oferecidos pelas agências passam a funcionar
com apenas 30% da capacidade. A decisão pela greve foi feita em assembleia
específica, realizada na noite de quinta-feira (1º), na sede do Sindicato do
Bancários da Paraíba, em João Pessoa.
Paraná
Bancários de Curitiba e Região
Metropolitana também entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta
terça.
Pernambuco
Por tempo indeterminado, os
bancários de Pernambuco deflagraram greve na manhã desta terça-feira (6).
Piauí
Os bancários do Piauí seguiram
orientação nacional e entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta
terça-feira (6).
Rio de Janeiro
Os bancários iniciaram greve
nacional por tempo indeterminado e em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, a
categoria vai adotar uma espécie de rodízio. As agências vão alternar a
abertura para atendimento ao público. Nesta terça, Bradesco, Banco do Brasil e
Caixa Econômica Federal ficam fechadas. Os trabalhadores reivindicam uma série
de melhorias, entre elas, reajuste salarial.
No Norte Fluminense, 85% da
categoria entrou na paralisação, de acordo com o presidente do sindicato, Hugo
Diniz, 85% da categoria entrou na paralisação. Das 60 agências da região, 45 se
encontram fechadas. Segundo o sindicato, a adesão em São João da Barra e Campos
dos Goytacazes, que têm 45 agências, é de 100%. A greve é por tempo
indeterminado.
Rio Grande do Norte
Bancários do Rio Grande do
Norte aderiram à paralisação nacional da categoria e decidiram entrar em greve
nesta terça-feira (6).
Rio Grande do Sul
O número de agências fechadas
será divulgado durante a tarde, de acordo com o Sindicato dos Bancários de
Porto Alegre e Região.
Além da Região Metropolitana
de Porto Alegre, as agências das principais cidades do interior, como de Santa
Maria, Uruguaiana, Bagé, Passo Fundo, Rio Grande e Santa Rosa, devem aderir à
greve. Em Pelotas, o sindicato espera que metade das 32 agências permaneça de
portas fechadas.
Santa Catarina
Funcionários da Grande
Florianópolis se reunirão nesta manhã, diante do Banco do Brasil, em frente à
Praça XV, no centro da capital, para deliberar as ações do início da greve da
categoria nos 23 municípios da região. Segundo o sindicato da região,
municípios do Sul catarinense devem entrar em greve na quinta-feira (8).
São Paulo
Bancários de capital paulista
e da Grande São Paulo também aderiram à greve nacional e paralisaram as
atividades por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (6). Entre outras
reivindicações, a categoria pede um reajuste salarial de 14,78%, mas os bancos oferecem
apenas 6,5%. Sem acordo após cinco rodadas de negociação, os trabalhadores
decidiram cruzar os braços.
Agências bancárias de Sorocaba
e região também aderiram à paralisação nacional. Segundo o presidente do
sindicato da categoria, Júlio Camargo, a greve fechar 300 agências em 40
municípios da região.
Na Baixada Santista, a
estimativa de Eneida Koury, presidente do SEEB Santos, é que 90% das agências
de Santos fiquem fechadas para atendimento a partir desta terça-feira. Nas
outras oito cidades da região, cerca de 70% das unidades devem fechar as
portas.
Tocantins
O sindicato informou que 30%
do serviço será mantido, conforme estabelece a legislação. Os bancários devem
manter os caixas eletrônicos funcionando e garantir que os depósitos sejam
recolhidos, por exemplo.
Reivindicações
A categoria rejeitou a
proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) de reajuste de 6,5% sobre os salários, a PLR e os auxílios
refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. Os sindicatos alegam que a
oferta ficou abaixo da inflação projetada em 9,57% para agosto deste ano e
representa perdas de 2,8% para o bolso de cada bancário.
Os bancários querem reposição
da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial,
no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho), PLR de
três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores
condições de trabalho.
Segundo a Federação Nacional
dos Bancos (Fenaban, o braço sindical dos bancos), a proposta representa um
aumento, na remuneração, de 15% para os empregados com salário de R$ 2,7 mil,
por exemplo. Para quem ganha R$ 4 mil, o aumento de remuneração será de 12,3%;
e, para salários de R$ 5 mil, equivale a 11,1%. O piso salarial para a função
de caixa, com o reajuste, passaria a R$ 2.842,96, por jornada de 6 horas/dia.
"É importante ressaltar
que as soluções encontradas na mesa de negociação variam conforme a conjuntura
econômica e que a proposta apresentada neste ano responde a condições
específicas pela qual passa a economia brasileira", diz a entidade.
Atendimento
Em nota, a Federação
Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que os clientes podem utilizar os caixas
eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas),
saques, depósitos, emissão de folhas de cheques, transferências e saques de
benefícios sociais.
Nos correspondentes bancários
(postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados), é possível também pagar
contas e faturas de concessionárias de serviços públicos, sacar dinheiro e
benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.
Greve passada
A última paralisação dos
bancários ocorreu em outubro do ano passado e teve duração de 21 dias, com
agências de bancos públicos e privados fechadas em 24 estados e do Distrito
Federal. Na ocasião, a Fenaban propôs reajuste de 10%, em resposta à
reivindicação de 16% da categoria.
G1
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