O “novo normal” deixa realmente todas as coisas diferentes. Em algumas datas, fica uma sensação esquisita, um clima “noir”, como estivéssemos em uma dimensão paralela.
Um exemplo disso é o dia de hoje,
19 de março. Hoje é um dia muito especial para a comunidade angicana, principalmente
para a parte predominante da população, pois acredito que pelo menos 80% destes
são católicos (praticantes ou não). A região Central já tem como certas duas
coisas nessa época: a festa do padroeiro São José, com eventos sociais e a parte religiosa final, com missa
campal e procissão de encerramento. Eventos que o estado inteiro acompanha e
participa.
Mas esse ano não teremos quase
nada disso. Se no ano passado ainda aconteceram festas e até a procissão, em
2021, praticamente nada pôde ou poderá ser feito. São os novos tempos, estranhos
tempos, causados por um vírus que mata indiscriminadamente, sem escolher cor,
credo ou classe social.
Desde que me entendo por gente,
acompanho os festejos de São José. E essa é a primeira vez em toda minha existência,
que acordo no dia 19 de março sem a tradicional Missa dos Guarda-sóis. É uma
imagem bonita, de grande fervor religioso e de fé, que não teremos esse ano, a pandemia não permite a aglomeração.
Mas temos que nos cuidar, cada um
a sua maneira, para que possamos atravessar esse período negro e no próximo ano,
quem sabe, podermos voltar à normalidade de antigamente.
São José vai compreender e
esperar. As vidas são mais importantes. Os fieis encontram formas alternativas
de expressar a fé, e assim, seguimos orando a Deus por dias melhores.
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