A vacina contra a dengue
desenvolvida pelo Instituto Butantan obteve 79,6% de eficácia nos ensaios
clínicos. De acordo com a instituição, o acompanhamento com um grupo de 17 mil
participantes por dois anos não registrou ainda nenhum caso grave da doença entre
os que receberam o imunizante.
A eficácia da vacina foi ainda
maior entre as pessoas que haviam contraído a doença antes do estudo, chegando
a 89,2%. Entre as pessoas que nunca tiveram contato com o vírus, a eficácia
ficou em 73,5%.
Os estudos da vacina do Butantan contra a dengue já duram mais de 10 anos. A primeira fase dos ensaios clínicos foi realizada nos Estados Unidos, entre 2010 e 2012, e a segunda parte da pesquisa, no Brasil, entre 2013 e 2015. A fase de testes clínicos começou em 2016, com a administração do imunizante em 10 mil voluntários com idade entre 2 e 59 anos. Mais 6 mil pessoas receberam um placebo. A incidência de dengue sintomáticos entre os participantes foi avaliada a partir dos 28 dias da imunização e seguiu por dois anos. O estudo prosseguirá o acompanhamento por cinco anos e será encerrado em 2024.
A vacina protege contra os
quatro sorotipos do vírus da dengue. No entanto, no período da pesquisa, apenas
os tipos 1 e 2 estavam em circulação no Brasil. A eficácia para evitar a
infecção por essas variedades ficou em 89,5% e 69,6%, respectivamente.
Entre os mais de 10 mil
imunizados, apenas três pessoas apresentaram eventos adversos considerados
graves até 21 dias após aplicação da vacina, sendo que todas se recuperaram
totalmente.
O Instituto Butantan entregou
esta semana os resultados preliminares sobre a vacina para a Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa). Contudo, apesar da reunião de apresentação, a
previsão é que um pedido para uso seja protocolado apenas em 2024.
Olhar Digital
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente