Anunciado nesta sexta-feira (30) como próximo presidente da Petrobras, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) disse que a política de preços da Petrobras vai ser alterada, mas não vai traumatizar, nas suas palavras, o investidor. Atualmente, a política da Petrobras atrela o preço nacional ao valor do dólar e do barril de petróleo, o que é criticado pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
“Vai ser alterada, mas não necessariamente para traumatizar investidor
ou retorno dos investimentos. Vai ser alterada porque a política do país vai
ser alterada. De novo, para ser claro. A Petrobras faz políticas para os
clientes dela. É uma empresa. Faz política de preços de acordo com o contexto
do país. A mudança na política de preço, as diretrizes, como se formata o preço
nacional, vai ser dada pelo consórcio do governo. Ministério da Fazenda, Minas
e Energia, Petrobras também, porque é uma das principais empresas, Conselho
Nacional de Política Energética”, disse Prates.
Prates já disse que a política de combustíveis é assunto de governo, o que atinge a todas as empresas, não só a Petrobras.
O futuro presidente da Petrobras afirmou ainda que, se houver movimento de preço nos próximos dias, será de redução.
“O viés para um preço de derivados do petróleo é de baixa. Então, se tivesse de acontecer algum movimento da Petrobras em janeiro seria para baixar o preço, e não para subir. Por quê? Porque o inverno europeu, no Hemisfério Norte, em geral, está declinando. Os contratos futuros já projetam um preço do petróleo para baixo, e não para cima, e você ainda teria uma queda do dólar”, disse.
Ele disse que haverá uma “trégua” na cobrança de impostos sobre
combustíveis. O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda não
esclareceu como será a volta da tributação dos combustíveis. Os impostos
federais foram zerados até o fim deste ano, pelo governo e pelo Congresso, em
meio à escalada dos preços em junho de 2022 motivada, entre outros fatores,
pela guerra na Ucrânia.
Ceará Mirim Livre
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