Um dos objetos mais
fotografados pelo telescópio Hubble, a Nebulosa Carina foi novamente capturada
pelo mais famoso observatório espacial das últimas três décadas.
De nome científico NGC 3372, a
Nebulosa Carina é uma enorme nuvem de gás e poeira que abriga várias estrelas
massivas e brilhantes, incluindo pelo menos uma dúzia que têm de 50 a 100 vezes
a massa do nosso Sol.
Embora esteja a mais de 7,5 mil anos-luz de distância da Terra, a região pode ser observada até mesmo a olho nu (a partir do Hemisfério Sul do nosso planeta), devido ao seu enorme tamanho: ela mede impressionantes 300 anos-luz de largura.
É uma nebulosa de emissão, o
que significa que a intensa radiação de suas estrelas ioniza o gás, fazendo com
que ele brilhe e se espalhe vastamente por uma extensa área.
Além de ser um dos alvos
favoritos do Hubble, a Nebulosa Carina, recheada de estrelas ainda jovens e em
formação convivendo lado a lado com outras que já estão morrendo, foi um dos
primeiros focos científicos do Telescópio Espacial James Webb.
À medida que as estrelas se
formam e produzem radiação ultravioleta, seus ventos estelares dispersam o gás
e a poeira ao seu redor, às vezes formando capas escuras e empoeiradas e
abrindo espaços vazios para que se tornem nitidamente observáveis.
Para fazer esta nova imagem da
Nebulosa Carina, os cientistas confiaram nas capacidades de imagem de luz
infravermelha do Hubble, que detectam comprimentos de onda mais longos de luz
não espalhados pela poeira pesada e gás que rodeiam as estrelas.
A captura mostra apenas uma
pequena parte da imensa nuvem, localizada perto do centro, em uma área com gás
mais fino. Exatamente por ser muito grande, a Nebulosa Carina só pode ser
estudada em seções, reunindo os dados de imagens distintas para compreender sua
estrutura e composição em larga escala.
Também chamada de Grande
Nebulosa e Nebulosa Eta Carinae, ela foi descoberta em 1752, a partir do Cabo
da Boa Esperança, na África do Sul, pelo astrônomo francês Nicolas-Louis de
Lacaille.
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