O sigilo em torno da morte de
Zaira Cruz, jovem de 22 anos encontrada dentro de um carro, no sábado de
Carnaval, em Caicó, levanta suspeitas de que ela foi assassinada. Até porque o
laudo do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep), que ficou pronto nessa
quarta-feira, não costuma enfrentar tanta resistência para ser divulgado em
casos de óbitos não violentos.
A discrição da Polícia Civil
sobre o caso é tanta que fez com que delegados se reunissem com o diretor do
Itep, Marcos Brandão, assim que souberam que ele concederia entrevista sobre a
conclusão do laudo da morte. O resultado é que nada mais foi dito sob a
justificativa de não atrapalhar a apuração.
A investigação, por sinal, já
ouviu oito pessoas, incluindo o namorado da jovem. O responsável pela
elucidação do caso é o delegado Leonardo Germano. Ele recebeu o laudo do Itep e
agora confronta com os depoimentos colhidos.
O delegado-geral adjunto da
Polícia Civil, Odilon Teodósio, ao ser questionado sobre o caso, foi enfático:
“Não posso dar mais detalhes”. Entretanto, um termo solto por ele, na conversa
com a reportagem, reforça a suspeita de homicídio. De acordo com a autoridade
policial, houve “boatos” de que não haviam sinais de agressão.
Portal no Ar
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