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Michel Temer e Moreira Franco
são vistos durante cerimônia em Brasília em maio de 2018 — Foto: Mateus
Bonomi/AGIF/AFP
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A Força-tarefa da Lava Jato no
Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta quinta-feira (21), Michel Temer,
ex-presidente da República. Os agentes ainda tentam cumprir um mandado contra
Moreira Franco, ex-ministro de Minas e Energia.
Os mandados foram expedidos
pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio.
Desde quarta-feira (20), a
Polícia Federal (PF) tentava rastrear e confirmar a localização de Temer, sem
ter sucesso. Por isso, a operação prevista para as primeiras horas da manhã
desta quinta-feira atrasou.
Ainda não está claro a qual
processo se referem os mandados contra Temer e Moreira Franco. Temer responde a
10 inquéritos. Cinco deles tramitaram no STF pois foram abertos à época em que
o emedebista era presidente da República e foram encaminhados à primeira
instância depois que ele deixou cargo. Os outros cinco foram autorizados pelo
ministro Luís Roberto Barroso em 2019, quando Temer já não tinha mais foro. Por
isso, assim que deu a autorização, o ministro enviou os inquéritos para a
primeira instância.
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Carro deixa a casa do
ex-presidente Michel Temer, em São Paulo — Foto: Gessyca Rocha/G1
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Michel Temer (PMDB) foi o 37º
presidente da República do Brasil. Ele assumiu o cargo em 31 de agosto de 2016,
após o impeachment de Dilma Rousseff, e ficou até o final do mandato, encerrado
em dezembro do ano passado.
Eleito vice-presidente na
chapa de Dilma duas vezes consecutivas, Temer chegou a ser o coordenador
político da presidente, mas os dois se distanciaram logo no começo do segundo
mandato.
Formado em direito, Temer
começou a carreira pública nos anos 1960, quando assumiu cargos no governo
estadual de São Paulo. Ao final da ditadura, na década de 1980, foi deputado
constituinte e, alguns anos depois, foi eleito deputado federal quatro vezes
seguidas. Chegou a ser presidente do PMDB por 15 anos.
O ex-presidente Michel Temer
responde a dez inquéritos. Cinco deles tramitavam no Supremo Tribunal Federal
(STF), pois foram abertos à época em que o emedebista era presidente da
República e foram encaminhados à primeira instância depois que ele deixou o
cargo. Os outros cinco foram autorizados pelo ministro Luís Roberto Barroso em
2019, quando Temer já não tinha mais foro privilegiado. Por isso, assim que deu
a autorização, o ministro enviou os inquéritos para a primeira instância.
Entre outras investigações,
Temer é um dos alvos da Lava Jato do Rio. O caso, que está com o juiz Marcelo
Bretas, trata das denúncias do delator José Antunes Sobrinho, dono da Engevix.
O empresário disse à Polícia Federal que pagou R$ 1 milhão em propina, a pedido
do coronel João Baptista Lima Filho (amigo de Temer), do ex-ministro Moreira
Franco e com o conhecimento do presidente Michel Temer. A Engevix fechou um
contrato em um projeto da usina de Angra 3.
G1
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