
Os números foram divulgados
pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), através do Programa
Estadual de Controle da Dengue, nesta terça-feira (08). Os dados são referentes
à Semana Epidemiológica nº 14. Quatorze municípios potiguares apresentam alta
incidência da doença, quatro estão com média, 59 com baixa e 90 com incidência
silenciosa.
Os cinco municípios que
apresentam as maiores notificações de casos suspeitos são: Parelhas (567),
Natal (294), Rafael Fernandes, (279), Pau dos Ferros (179) e Riacho de Santana
(138). A técnica responsável pelo Programa Estadual de Controle da Dengue, Sílvia
Dinara Alves, chama a atenção para a nova classificação da doença, definida
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e adotada no Brasil a partir deste ano.
Segundo ela, “a mudança
permitiu aumentar a sensibilidade na identificação dos sinais de alarme da
dengue, bem como de casos suspeitos, propiciando que o paciente seja manejado
oportuna e adequadamente de modo a impedir a evolução clínica para o
agravamento da doença e para o óbito”. Os critérios de avaliação agora são
classificados como: dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave.
Até 2013, a classificação
contemplava os seguintes critérios: dengue clássica, dengue com complicações,
febre hemorrágica da dengue e síndrome do choque da dengue. De acordo com a
nova classificação, uma pessoa que viva ou tenha viajado nos últimos 14 dias
para áreas onde esteja ocorrendo transmissão de dengue ou tenha a presença do
mosquito Aedes aegypti e que apresente febre, além de duas ou mais
manifestações como dor de cabeça, náusea, vômitos e manchas avermelhadas na
pele, já pode ser considerada como caso suspeito de dengue. Já os sinais de
alarme são identificados quando o paciente, no período de efervescência da
febre, apresenta um ou mais dos seguintes sintomas: dor abdominal contínua,
sangramento das mucosas, acumulação de líquidos, entre outros.
Os casos suspeitos de dengue
grave são caracterizados por choque, evidenciado por sintomas como taquicardia,
hipotensão arterial, extremidades frias e acumulação de líquidos com
insuficiência respiratória. Conforme Sílvia Dinara Alves, já foram realizadas
capacitações sobre essa nova classificação em todas as regionais de saúde do
RN.
A técnica enfatiza, ainda, a
letalidade da dengue. “Trata-se de uma doença séria, que pode evoluir
rapidamente a óbito, embora os sintomas sejam semelhantes aos de uma virose
comum”, afirma. Assim, a técnica destaca que ao aparecimento de sinais da
dengue, as pessoas devem procurar imediatamente o posto de saúde mais próximo,
evitando a automedicação, capaz de mascarar os sintomas.
De fato
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