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Petrobras tem retirado
gradativamente os investimentos da região
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A crise do petróleo do Rio Grande do Norte chega a números que assustam
a categoria e toda a economia mossoroense. Se não bastassem os mais de 2 mil
desempregos gerados com as demissões de terceirizados em Mossoró e região em
2013, o volume de petróleo extraído no Estado iniciou com números ainda menores
em relação ao ano passado.
A redução dos investimentos interfere nas demissões de funcionários em
diversas empresas terceirizadas da Petrobras, bem como crises financeiras em
outras, como a Empercom, em que os trabalhadores realizaram greve recentemente.
O problema também reflete em outras atividades econômicas: retração nas
vendas do comércio, na construção civil (mais de 1.500 demissões), na ocupação
dos hotéis (55% a menos) e nas vendas dos restaurantes, no setor de transporte
(quase 300 demissões), nas receitas do Estado e dos Municípios da região Oeste.
Essa queda é resultante em primeiro lugar porque a Petrobras tem
direcionado o foco dos seus investimentos para o pré-sal (rochas existentes no
fundo dos oceanos sob uma camada de sal petrificado, abaixo da qual há
ocorrência de hidrocarboneto; petróleo, gás natural, carvão etc.).
Para o Estado, o plano da Petrobras seria realizar a recuperação
secundária de poços antigos e com histórico de produção satisfatória, mas que
atualmente apresentam baixa produtividade ou mesmo que estejam desativados.
Eles estão sendo trazidos de volta ao sistema produtivo via injeção de água,
vapor ou gás, objetivando forçar a surgência do óleo.
Trezentos poços localizados em Alto do Rodrigues, Ubarana, Fazenda Belém
e Campo do Amaro já teriam recebido esse tratamento. O projeto de injeção
contínua de vapor (vaporduto), na região do Vale do Açu (RN), é o primeiro a
operar com vapor superaquecido. Ele é considerado o maior do mundo, com uma
extensão aproximada de 30 km.
Todavia, essa recuperação de poços via injeção de água, vapor ou gás
(embora indispensável) não tem o alcance necessário para promover a recuperação
da Bacia Potiguar como grande produtora de petróleo. Somente a ampliação e a
intensificação de novos projetos de pesquisas e prospecção em busca de novos
sítios produtores é que teria condições de realizar essa tarefa. E isso a
Petrobras não está fazendo.
A verdade é que não há novos grandes projetos de exploração no Estado.
Enquanto esse é o cenário, engenheiros e outros técnicos da estatal estão sendo
transferidos para outras regiões do país, notadamente para a Bacia de Campos,
no Estado do Rio de Janeiro, e áreas de pesquisas do Pré-Sal.
Com informações da Tribuna do Norte
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