Para a seleção brasileira, uma vitória
representará a classificação antecipada às quartas de final da Copa América.
Para a Colômbia, a chance de continuar brigando para se manter em uma
competição em que chegou com status de uma das favoritas. De um lado estará
Neymar, responsável pelos sucessos recentes da equipe; do outro, James
Rodríguez, apagado na derrota para a Venezuela e sob cobrança de ter de
comandar o time. Esses são alguns dos fatores que levam a partida desta
quarta-feira, às 21 horas (de Brasília), no estádio Monumental de Santiago, a
ser uma das mais aguardadas da primeira fase.
O Brasil tem, internamente, a difícil missão de
se livrar da dependência de Neymar. Ainda mais porque o craque está pendurado e
se levar cartão amarelo nesta quarta-feira desfalcará o time contra a
Venezuela, no domingo. Se isso vier a ocorrer, é bom que o time já esteja
garantido.
A “Neymardependência”, aliás, começa a causar
desconforto nos jogadores da seleção. Todos, óbvio, elogiam o craque e sente
alívio por tê-lo do seu lado. Mas se incomodam. “A seleção não joga em função
de Neymar, Jogamos com o México (amistoso preparatório, vitória por 2 a 0) e
fizemos grande partida. Ele chama a responsabilidade pelo jogador que é, mas
temos outros jogadores que podem fazer a diferença a qualquer momento”, disse o
goleiro Jefferson.
Não foi o que se viu contra o Peru. Na estreia,
até o técnico Dunga, normalmente avesso a admitir os defeitos do time,
reconheceu que a equipe não foi bem e se não fosse Neymar, a história poderia
ter sido outra.
Dunga também está preocupado com a
possibilidade de o craque do Barcelona receber cartão amarelo nesta
quarta-feira. E pediu ao jogador para tentar se controlar, evitando reclamar
com a arbitragem. “Agora dentro do calor do jogo nem sempre é possível se manter
100% focado naquilo que nós falamos”, disse.
O treinador prevê uma partida bastante difícil,
pela qualidade do adversário e porque a Colômbia precisa vencer para não fazer
as malas de volta para casa antecipadamente. “A rivalidade é grande e pelo fato
de os colombianos não terem tido um resultado positivo na primeira rodada vão
vir mais concentrados, mais atentos”.
Dunga não revelou a equipe que começa a partida
contra a Colômbia – ele já pode contar com o meia Phillipe Coutinho. Mas no
último domingo, depois do jogo contra os peruanos, deu a entender que não faria
alterações, preocupado em aprimorar o entrosamento do time. “Vamos tentar jogar
mais na parte técnica. Erramos alguns passes (contra o Peru), o que é normal na
estreia pela ansiedade. Mas vamos aprimorar isso e vai ser um jogo bem melhor”.
Mas a maneira de o time jogar, buscando
compactação, reduzir espaço dos adversários e tentando os contra-ataques
rápidos, não vai mudar. “Quando as coisas não saírem como a gente deseja, não
podemos mudar a nossa forma, a nossa postura, de continuar dentro daquilo que
nós treinamos, que planejamos”, completou Dunga.
Estadão
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