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Foto: Gustavo Miranda / Agência O
Globo
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Um punhado de novos e
renovados sites e aplicativos estão tentando levar à perfeição a arte do que
está ficando conhecido como "farecasting" (uma união das palavras em
inglês "fare", passagem, e "forecasting", previsão) –
descobrir a melhor data para comprar um bilhete. Diferentes de sites que fazem
reservas de passagens, como o Hotwire, as ferramentas de farecasting, como a
Flyr, a Skypicker, a Hopper e a Kayak, avisam os viajantes se devem comprar
agora ou depois. Também vou incluir aí o Google Flights, que permite que os
passageiros vejam se podem economizar saindo dias ou semanas depois, ou voando
para ou de um aeroporto diferente.
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TAM e Gol passam a oferecer
serviço de atendimento jurídico em aeroportos de SP
Os sites e aplicativos são
gratuitos. E, na maioria dos casos, direcionam os usuários para a compra
diretamente com a companhia aérea ou companhias aéreas se eles decidem adquirir
uma "passagem hacker".
A ferramenta que sempre uso é
o Google Flights. É rápida, mas abrangente. Ela possui os filtros essenciais
(como classe e paradas) e requer menos cliques para chegar a toda essa
informação. Coloque suas datas de viagem na caixa de pesquisa e calendários
mensais vão aparecer com passagens de cada dia (as verdes são as mais baratas),
assim você fica sabendo na hora se deveria mexer na data de chegada ou de
partida para conseguir um preço melhor.
O Google Flights também é
minha primeira escolha porque faz com que a procura por passagens econômicas
premium, executivas e primeira classe seja mais simples do que a dos seus
competidores, graças a um menu drop-down na página inicial. Informe suas datas,
clique no menu da classe da passagem e você verá os preços mais baratos para
cada uma delas. Uma pesquisa recente para um voo de Nova York para San
Francisco em outubro mostrou o valor mais baixo da econômica por US$337. Para
uma econômica premium era US$737 e para business e primeira classe, US$982. Uma
"dica" no alto da página dizia que eu podia economizar 208 dólares da
passagem executiva saindo um dia depois e voltando dois dias mais tarde.
O site funciona bem nos
celulares também, mas se você normalmente procura voos em seu telefone, talvez
queira tentar o Hopper, que lançou uma versão em Android de seu aplicativo em
agosto.
Para quem quer ser criativo,
algumas ferramentas de farecasting encorajam os usuários a combinar voos de
companhias aéreas diferentes
Kayak (que analisa mudanças
históricas de preços para prever quais passagens vão subir ou cair) se refere a
elas como "passagens hacker", e apesar de oferecê-las há anos, será
novidade para alguns viajantes. Comprar aqui fica mais divertido quando usamos
filtros como "qualidade do voo", que permite que você veja, digamos,
os voos com Wi-Fi. No site também é possível filtrar por "passagens
hacker": aquelas que combinam bilhetes só de ida para ou de um destino em
companhias diferentes, resultando em barganhas ocasionais.
Se ficou curioso, dê uma
olhada no Skypicker, uma startup tcheca que encontra combinações de voos entre
companhias como Spirit e United.
Outro competidor que acabou de
ser lançado, o Flyr, também aconselha a melhor hora de partir para o ataque. Há
gráficos elegantes, e vejo potencial, apesar de ter algumas deficiências.
O site pode parecer confuso, e
há poucas opções na página inicial.
Uma das coisas que deixa o
Flyr diferente dos outros é que ele permite que usuários indecisos bloqueiem um
preço de passagem temporariamente sem compromisso de comprar o bilhete (os
poucos dólares que você paga não são devolvidos). Isso ajuda. O Flyr devolve
até US$200 se sua passagem aumentar nesse período e deixa que você mantenha o
valor mais baixo se o preço diminuir. No entanto, em algumas das minhas
pesquisas ficava mais barato bloquear a passagem diretamente no site da
companhia aérea. Por exemplo, manter o mesmo voo de ida e volta da United por
sete dias custava US$11 no Flyr e US$8,99 na United.com. Bloqueie a passagem
pelo site da empresa aérea e, se o preço subir, você já garantiu a passagem
mais barata. Se cair, você não precisa comprar o bilhete que bloqueou. É só
reservar um novo pelo preço mais baixo.
Ainda assim, se, como eu, você
gosta de caçar passagens mais baratas, vale a pena voltar ao Flyr quando ele
tiver amadurecido um pouco.
Qualquer que seja a ferramenta
de farecasting que você use, cheque sempre o número de paradas, os tempos de
conexões e a duração dos voos (em alguns sites, trajetos que demoram
normalmente duas horas podem chegar a 20 horas por causa das paradas). Nenhuma
passagem vale a pena se você precisar correr pelo aeroporto e, ainda assim,
acabar perdendo a conexão.
O Globo
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