Os consumidores deverão sentir no bolso o aumento dos preços dos
combustíveis até o final desta semana, segundo afirmou nesta quarta-feira (30)
o presidente do sindicato dos donos de postos de São Paulo (Sincopreto), José
Alberto Gouveia. O repasse do reajuste autorizado na véspera pela Petrobras
será de, no mínimo, R$ 0,17, de acordo com ele.
"O revendedor vai ter que repassar [o aumento] porque não tem
gordura. Até sexta, com certeza. Não vai ter como segurar. Para o dono do
posto, o aumento do custo do combustível vai ser de R$ 0,17 [por litro]. Se o
dono não quiser aumentar mais, no mínimo vai ter que repassar o custo",
afirmou Gouveia.
Nesta terça-feira, a petroleira informou que realizou reajustes nos
preços de venda da gasolina e do diesel nas refinarias. O aumento anunciado
para a gasolina foi de 6% e para o diesel, de 4%. Os novos valores já estão em
vigor.
A empresa, endividada em dólar, já vinha sendo pressionada pelo câmbio
alto nos últimos meses. Em 2015, o dólar acumula alta de 52% sobre o real.
Aumentos anteriores
Em novembro de 2014, a Petrobras já havia aumentado o preço de venda nas
refinarias da gasolina e do diesel, com altas de 3% e 5%, respectivamente. Em
janeiro de 2015, a tributação incidente sobre a gasolina e o diesel também foi
elevada, conforme o decreto presidencial 8.395, publicado no "Diário
Oficial da União".
O aumento foi repassado ao consumidor pelos postos de gasolina. De
acordo com o Fisco, o impacto do aumento seria de R$ 0,22 por litro para a
gasolina e de R$ 0,15 para o diesel. Porém, o aumento variou em postos
diferentes.
Em agosto, a Petrobras anunciou também aumento do preço do gás de
cozinha - o gás liquefeito de petróleo para uso residencial, envasado em
botijões de até 13 kg (GLP P-13). A alta média anunciada foi de 15%.
G1
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