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terça-feira, 22 de setembro de 2015

Levy diz que ‘não há fórmulas mágicas’ para crescimento da economia

Foto: Andre Coelho / Agência O Globo
Pouco mais de uma semana depois de apresentar duras medidas de corte de gastos e aumento de impostos, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que “não há fórmulas mágicas” para se chegar ao crescimento e justificou que, a agenda de crescimento e desenvolvimento que o país persegue “nem sempre se constitui de gestos fáceis e imediatos” e envolve profundas reformas estruturais. Durante evento da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) no Palácio do Itamaraty, o titular da pasta criticou o engessamento do Orçamento Federal e afirmou ainda que o governo reconhece que a sociedade e as empresas terão que fazer um esforço para superar o ajuste.

— A gente tem que ter a humildade de reconhecer que obviamente é um esforço e que as pessoas têm que entender a razão desse esforço e se motivarem pela confiança de que essa transição vai nos levar a uma economia mais aberta em que a gente vai ter esse desenvolvimento econômico. 

Levy ponderou que a agenda do país envolve “alcançar um equilíbrio fiscal adequado e uma inflação suficientemente baixa para que não haja distorções expressivas nem incertezas”. Para ele, o processo atual de ajuste macroeconômico está “evidentemente” reduzindo o desequilíbrio das contas externas e garantiu que há uma expectativa de que a inflação “comece a convergir para a meta após alguns anos de relativa desancoragem.

O ministro criticou ainda o engessamento na forma como é elaborado o Orçamento Federal. Ele declarou que, em muitos países, os orçamentos são feitos de forma mais flexível, com definição de objetivos a serem cumpridos.

— Não apenas objetivos de gasto ou realização, mas também de objetivos finais. Por exemplo, não quero saber só quantos de hospitais eu abri, mas como é que melhoraram os indicadores de saúde da população. Ter essa realidade, essa verificação do que se gastou e o que obteve com o que se gastou é exatamente o que a gente precisa.

Além disso, em alguns casos, os projetos vão sendo avaliados durante o andamento e, à medida que apresentam mais resultados, recebem mais recursos.

— (É preciso) se usar os recursos de forma mais eficiente e não todo ano se repete a mesma coisa do que fez no ano anterior tentando botar mais um pouquinho. Se não consegue botar mais um pouquinho, repete (os mesmo moldes da peça orçamentária anterior). É óbvio que nos dias de hoje essa não é a melhor estratégia para a gente ter um setor público eficiente, que caiba dentro do que a sociedade está disposta a financiar.

O ministro garantiu que o governo tem a preocupação de aproveitar o ganho de renda da classe média e a inserção de um grande número de pessoas no mercado. Ele disse que esse movimento foi importante para o país mas que agora “temos que descobrir a fórmula de transformar isso em aumento de produtividade”. Ele voltou a ressaltar a importância da simplificação de impostos e aumento da segurança jurídica que o governo tem tentado emplacar no Congresso.

— Diminuir o custo de impostos é absolutamente fundamental para a decisão de investimento das empresas.

A reforma da Previdência e a qualidade do gasto destinado à saúde também foram temas comentados pelo ministro. Para ele, a Previdência Social tem que ser mantida mas, ao mesmo tempo, constantemente monitorada para que se verifique se ela “está indo na melhor direção ou não”.

— Na saúde a gente gasta mais ou menos o que os nossos pares gastam. Será que os nossos resultados são equivalentes aos nossos pares?

O Globo

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