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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Ibovespa fecha em queda de 1,95%; dólar dispara 3,37% e vai a R$ 4,109

Em um pregão de mau humor generalizado, o dólar comercial subiu de forma expressiva e voltou a superar os R$ 4. As declarações da Fitch sobre o ajuste fiscal no Brasil e a sinalização de um rebaixamento fizeram a divisa acelerar a alta nos minutos finais de negociação. A moeda americana fechou cotada a R$ 4,107 para compra e R$ 4,109 para venda, valorização de 3,37% ante o real. Além das questões internas, os investidores estão preocupados com a desaceleração da economia da China, que pode prejudicar ainda mais a retomada da atividade global, o que derrubou as Bolsas em todo o mundo. O Ibovespa recuou 1,95%, aos 43.956 pontos, puxado por Vale e Petrobras.

—As declarações do representante da Fitch causaram um estresse maior. A expectativa é que a agência rebaixe a nota do Brasil e coloque a perspectiva negativa. Como não vemos capacidade do governo em reagir e mudar o cenário, a perda do grau de investimento deve ocorrer na sequência —avaliou Felipe Silva, analista da Saga Capital. 

Nesta segunda-feira, Rafael Guedes, diretor executivo da Fitch, afirmou, em evento realizado em São Paulo, que “uma mudança de rating do Brasil pode ocorrer a qualquer momento”, segundo a Bloomberg. Disse ainda que a agência não costuma fazer um rebaixamento de duas notas de uma só vez, mas lembrou que durante a crise de 2002, a nota do Brasil foi cortada duas vezes no mesmo ano. Na Fitch, o Brasil ainda está com um rating duas notas acima do grau especulativo. “O governo não sabe como conseguir cooperação do Congresso. Medidas não são difíceis de passar, mas Congresso dificulta”, avaliou.

Para analistas, a avaliação é que pouco está sendo feito em relação ao ajuste fiscal e que será difícil o Brasil se livrar da perda do grau de investimento por uma segunda agência de classificação de risco - o país já não possui o selo de bom pagador pela Standard & Poor’s.

FINAL DE MÊS
Ainda como fator de pressão, ocorre na quarta-feira, último dia útil do mês, o fechamento do dólar Ptax, que é calculado pelo Banco Central e que serve de referência para uma série de contratos dos mercados financeiros. Os dados da dívida pública também não agradaram.

— O cenário externo não está ajudando. Do ponto de vista interno, o BC fez o discurso sobre o uso das reservas, mas não teve mudanças do ponto de vista fiscal. E essa semana é de formação da Ptax — afirmou Hideaki Iha, operador de câmbio da Fair Corretora.

Na sexta-feira, a divisa fechou cotada a R$ 3,975, recuo de 0,73%, no segundo dia de queda com o impulso das declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, sobre o uso das reservas internacionais, caso necessário. A ideia foi reforçada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e pela presidente Dilma Rousseff, que no sábado, em Nova York, afirmou que estava “extremamente preocupada” com a alta do dólar, já que parte das empresas brasileiras possui dívidas atreladas à moeda americana.

Os investidores estão atentos aos desdobramentos da reforma ministerial, já que a escolha de ministros e o anúncio do fim de algumas pastas pode piorar ainda mais a relação com o PMDB.

O dólar no Brasil vai na contramão do mercado externo. O “dollar index” operava com queda de 0,21% no encerramento dos negócios no Brasil. Esse índice é calculado pela Bloomberg e mede o comportamento do dólar frente a uma sexta de dez moedas.

MAU HUMOR GLOBAL
O mau humor global está atrelado à China. O lucro das empresas chinesas mostrou recuo de 8,8% em agosto, bem abaixo do esperado e após já ter caído 2,9%. Para analistas, essa informação mostra que a segunda maior economia do mundo deve ter uma desaceleração maior que a esperada. Com isso, as ações de empresas ligadas a commodities são as que mais sofrem nesta segunda-feira, levando para baixo os principais índices de ações.

Dilma, entre os ministros Aloizio Mercadante (esquerda) e Ricardo Berzoini, durante reunião com líderes da base aliada na Câmara, no Palácio do Planalto

Dilma tenta conciliar corte com o apetite do PMDB
Na Europa, o DAX, de Frankfurt, fechou em queda de 2,12% e o CAC 40, da Bolsa de Paris, teve desvalorização de 2,76%. O FTSE 100, de Londres, recuou 2,46%, com a forte queda de mineradoras. As ações da Glencore despencaram 29,4% no mercado londrino, com os temores de que a empresa não esteja fazendo os esforços suficientes para controlar a sua dívida no momento em que o preço das matérias primas está em baixa. Os papéis da Rio Tinto caíram 4,8% e os da Anglo Americana 10%. Nos Estados Unidos, o Dow Jones recuou 1,92% e o S&P 500 cai 2,57%. A BHP, negociada nas Bolsa de Nova Yor, cai 4,36%.

—Além da questão fiscal no Brasil, há uma preocupação em relação às economias do mundo que provoca uma aversão global. Há a ideia de que a atividade econômica global vai desacelerar mais por conta da situação na China e o impacto no mercado acionário é forte —afirma Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora.

No Brasil, os papéis preferenciais (PNs, sem direito a voto) da Vale tiveram desvalorização de 7,37% e os ordinários (ONs, com direito a voto) caíram 7,47%.


No caso da Petrobras, as preferenciais da estatal registraram desvalorização de 5,57%, cotadas a R$ 6,44, e as ordinárias caíram 5,07%, a R$ 7,67. Os bancos, com maior peso na composição do Ibovespa, também fecharam em terreno negativo. As PNs do Itaú Unibanco recuaram 0,07%, as do Bradesco 2,49% e as ações do Banco do Brasil encerraram o pregão com queda de 4,98%.

O Globo

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