
Temer foi à reunião
acompanhado dos ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Romero Jucá
(Planejamento), Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e Eliseu Padilha
(Casa Civil).
Nesta segunda, o jornal
"Folha de S.Paulo" divulgou trechos de um diálogo entre Jucá e o
ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, no qual sugere um "pacto"
para tentar barrar a Operação Lava Jato. Em entrevista coletiva nesta segunda,
mais cedo, Jucá disse que não tem "nada a temer" e que não deve
"nada a ninguém"
A chegada do presidente em
exercício foi marcada por gritos de "Golpistas" e "Foram,
Temer". Temer entrou no gabinete de Renan Calheiros por volta de 16h30 e
saiu às 16h50, sem falar com a imprensa. Até a última atualização desta
reportagem, Temer não havia comentado o diálogo de Romero Jucá com Sérgio
Machado.
Revisão da meta fiscal
Inicialmente, o Congresso
votaria a proposta que havia sido enviada pelo governo da presidente afastada
Dilma Rousseff, com previsão de R$ 96,6 bilhões de déficit. Na última sexta
(20), contudo, a nova equipe econômica do governo apresentou uma outra
projeção, prevendo que o rombo nas contas públicas pode chegar a R$ 170,5
bilhões.
Segundo disse Renan Calheiros
na semana passada, o plenário do Congresso será pautado nesta terça (24) para
votar a nova meta apresentada pelo Executivo.
Se deputados e senadores não
aprovarem a nova projeção, o governo terá de cumprir a meta enviada por Dilma,
com previsão de superávit de R$ 24 bilhões. Na prática, em meio a um momento de
crise econômica e diante de um cenário em que o governo deve gastar mais do que
arrecadar, isso pode paralisar o governo.
Medidas
Para esta terça, está previsto
no Palácio do Planalto um anúncio, pelo presidente em exercício, de novas
medidas econômicas que o governo julga necessárias para o país retomar o
crescimento e reduzir o déficit nas contas públicas.
Jucá
Desde cedo, o meio político na
capital federal está conturbado em razão de uma gravação do ministro Romero
Jucá, divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo”, na qual o integrante da equipe
econômica conversa com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e sugere um
“pacto” para barrar a Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção
que atuou na Petrobras.
Ao chegar ao Senado, Jucá foi
perguntado se continua no cargo. “Calma, vocês estão muito apressados”,
respondeu o peemedebista.
Alvo de inquéritos no Supremo
Tribunal Federal que investigam a participação de políticos no esquema, Jucá
chegou a se reunir com Michel Temer pela manhã no Palácio do Jaburu, residência
oficial da Vice-presidência, e, em seguida, concedeu uma entrevista coletiva à
imprensa na sede do Ministério do Planejamento.
Em sua declaração em
entrevista coletiva nesta segunda, mais cedo, Jucá disse que “não deve nada a
ninguém”, não tem “nada a temer” e, se tivesse “medo”, não teria assumido a
presidência do PMDB.
O conteúdo da gravação gerou
repercussão entre parlamentares em Brasília. Enquanto o líder do governo na
Câmara, André Moura (PSC-SE), cobrou explicações de Jucá, o líder do PT na
Casa, Afonso Florence (BA), avaliou que o conteúdo da gravação “não surpreende”
porque a “dimensão conspirativa do golpe era nítida”.
G1
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