O ministro do Trabalho e
Previdência Social, Ronaldo Nogueira, disse hoje (20) que todas as medidas que
envolvam os trabalhadores passarão por discussão prévia com a sociedade. “Nada
será imposto ou anunciado, sem que antes seja conversado com o trabalhador. O
trabalhador terá seu lugar garantido na mesa, não será surpreendido, será
protagonista”, disse o ministro ao visitar a sede da Força Sindical, na capital
paulista.
Previdência
Segundo Nogueira, as propostas
de mudança na Previdência também levarão em conta a posição das centrais
sindicais. “Pela fala do ministro [da Casa Civil] Eliseu Padilha, que está
liderando o grupo de trabalho onde as centrais foram convidadas a participar,
ele foi muito claro no sentido de que as centrais sindicais, representando os
trabalhadores, serão protagonistas no texto que, porventura, venha a ser
elaborado.”
Nogueira destacou, no entanto,
que é preciso garantir a sustentabilidade do sistema. “A sustentabilidade da
Previdência Social é importante porque ela é a garantia do trabalhador no
futuro”.
A primeira reunião do grupo de
trabalho integrado por centrais sindicais e governo para discutir a reforma da
Previdência ocorreu na última quarta-feira (18). Além de Nogueira e Padilha,
participaram a Força Sindical, a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), a
União Geral dos Trabalhadores (UGT) e o Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Foram abordados quatro temas:
idade mínima para aposentadoria, sustentabilidade da Previdência, igualdade de
sexo e a data da vigência das medidas a serem adotadas.
O presidente da Força
Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), defendeu que se busque
outras formas de arrecadação, antes de que sejam apresentadas propostas que
mudem as regras para os trabalhadores. “Precisa acabar com as desonerações, com
a pilantropia [filantropia desonesta], com o sonegador e fazer o agronegócio
pagar. Além disso, tem outras fontes de receita para a Previdência”, disse.
O sindicalista chegou a
admitir que sejam feitas mudanças para os que ainda vão entrar no mercado de
trabalho, mas disse que as centrais não vão aceitar alterações para quem já
contribui com o sistema atual. “Se tudo isso não resolver o problema, nós
topamos discutir uma Previdência para o futuro, para os jovens, para aqueles
que começam a trabalhar agora. Se nada disso for aceito, a gente vai ver na
hora certa.” A proposta que sair do grupo de trabalho deverá ser encaminhada ao
Congresso.
Agência Brasil
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