
“Apesar da crise financeira o
Estado tem que enfrentar esta demanda e encontrar soluções. No enfrentamento da
crise da segurança foi feito este esforço e para a saúde urge a busca da
normalidade no atendimento. São vidas que estão sendo perdidas. Vamos unir
esforços e trazer resolutividade para o setor”, salientou Ezequiel Ferreira.
O líder do governo, deputado
Dison Lisboa (PSD), participou da audiência e se prontificou em encontrar
caminhos no âmbito do executivo. Os deputados Albert Dickson (PROS), Gustavo
Carvalho (PSDB), Cristiane Dantas (PCdoB), Gustavo Fernandes (PMDB) e Hermano
Morais (PMDB) também debateram com a classe médica.
“As consequências do não
pagamento às cooperativas e aos sete hospitais conveniados tem sido o acúmulo
de dívidas da ordem de R$ 21 milhões e há mais de 40 dias não são realizados
procedimentos cirúrgicos na rede privada conveniada”, explicou Marcelo Cascudo,
presidente da Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte, (Coopmed-RN).
Marcelo Cascudo rememorou que
na primeira quinzena de julho o presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira de
Souza, intermediou uma audiência entre as cooperativas e o Governo do Estado.
“Foi estabelecido um cronograma de pagamento por parte do governo, mas não
chegou a ser cumprido”, pontuou.
O presidente da Coopmed também
pediu apoio político aos deputados para que dialoguem com o Tribunal de
Justiça, mesmo entendendo a autonomia e independência dos poderes, para que se
concretize o repasse de R$ 20 milhões do TJRN como empréstimo para o Governo do
RN. “Só enxergamos esta solução para viabilizar o pagamento dos débitos para
com a Coopmed e Hospitais particulares. Vejo com a luz no final do túnel diante
da crise do Poder executivo”, explicou o médico Fernando Pinto.
O médico Madson Vidal, da
Associação dos Amigos da Criança Cardiopata, fez um depoimento emocionado
conclamando para um pacto pela saúde. “Não estamos conseguindo oferecer o
atendimento. Estamos contando óbitos”, disse.
Por sua vez, o médico Álvaro
Barros, cardiologista do Incor, relatou que o Governo do Estado em provocado o
desmonte do sistema de alta e médica complexidade. “A rede pública não faz este
atendimento. Há o convênio com a rede privada para que o atendimento cirúrgico
de alta e média complexidade aconteça no Rio Grande do Norte. Sem o pagamento
dos procedimentos os hospitais e clínicas irão falir e fechar as portas. Com
isto o sistema falha e o desmonte do sistema será concretizado”, explica.
Diante das dificuldades
financeiras muitos hospitais privados estão demitindo funcionários ou
decretando férias para parte de seus colaboradores. Hospital do Coração,
Memoria, Natal Hospital Center e Incor adotaram estas medidas para enfrentar a
crise. “Tem hospital recorrendo a empréstimo e contas garantia para cumprir
seus compromissos. Mas uma hora o crédito falhará e a falência será
concretizada”, alertou Álvaro Barros.
A Cooperativa Médica do RN
possui cerca de 1.600 cooperados distribuídos em 36 especialidades. Fundada em
19 de fevereiro de 2003, a Cooperativa Médica do RN começou a funcionar
efetivamente em 2006.
A prestação dos serviços
acontece nos hospitais particulares que atendem ao SUS e onde é possível
realizar cirurgias e procedimentos de Alta e Média Complexidade proporcionando
à população mais carente um serviço de excelência.
ALRN
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