
Ontem, a moeda americana
recuou 1,35% na sessão, encerrando em R$ 3,121, menor valor desde julho de
2015, pressionada pelo fluxo de recursos trazido pela lei de repatriação e
notícias positivas sobre a tendência da economia do país. E, para analistas, a
tendência é que a divisa continue se depreciando pelos mesmos motivos que
levaram à desvalorização de ontem.
— A tendência é que o dólar se mantenha próximo de R$ 3,10 — afirma Ignácio Crespo, economista da Guide Investimentos. — Além da entrada de recursos no país, a valorização do real se deve à costura mais conservadora do Banco Central, pois juros altos mantém a moeda apreciada.
No mercado internacional, o
Dollar Index Spot, que compara a divisa com dez moedas globais, tem leve recuo,
de 0,04%.
Na Bovespa, os investidores
digerem as informações da ata do Copom (Comite de Política Econômica) do Banco
Central, que credita o início do ciclo de redução dos juros ao recuo da
inflação e aos esforços do governo para aprovar medidas de ajuste fiscal.
Na esteira da alta do minério
de ferro, além de Vale, as siderúrgicas têm alta: CSN ganha 2%, Gerdau avança
1,9% e Usiminas sobe 1,47%. A Bradespar, acionista da Vale, avança 1,6%.
As ações da Petrobras dão
sinais mistos: enquanto o papel ON têm leve alta, de 0,1%, a R$ 19,40, o papel
PN perde 0,1%, a R$ 18,17.
Com os investidores aprovando
os esforços do governo para aprovar as medidas de ajustes fiscal, os Credit
Default Swaps (CDS, espécie de seguro contra risco de inadimplência do país)
estão em queda de 4,1 pontos-base. Em cinco dias, os contratos acumulam recuo
de 7,9 pontos-base.
MERCADOS EXTERNOS
A demanda por aço na China,
maior produtor e consumidor do mundo está dando suporte aos preços do minério
de ferro, que já subiram ontem. Hoje, os contratos futuros no país saltaram 6%
nesta terça-feira, para o nível mais alto em mais de dois anos. No mercado à
vista, commodity fechou com valorização de 4,9%.
Também na China, o governo
sugeriu nova desvalorização da moeda yuan na paridade de 6,7744 por dólar.
O petróleo, que ontem fechou
em queda, hoje tem alta, após notícias de que uma autoridade da Opec, que reúne
países exportadores, vai a Bagdá negociar o congelamento da produção. O barril
de Brent, referência para o mercado brasileiro, avança 0,14%, a US$ 51,60. A
desvalorização de ontem se deu após o Iraque se distanciar das negociações com
outros grandes produtores.
O Globo
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