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Presos embarcando no avião da
Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Boa Vista (Foto: Inaê Brandão/G1
RR)
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Antes de serem levados ao
aeroporto, detentos
passaram pelo IML (Foto: Inaê
Brandão/G1 RR)
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Sete presidiários
identificados como chefes de uma organização criminosa que atua dentro e fora
dos presídios de Roraima foram transferidos na manhã desta quinta-feira (27)
para o presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
Os presos, que são
considerados de alta periculosidade, seriam os líderes da facção que em
confronto com integrantes de um grupo rival assassinou dez detentos e feriu
outros seis dentro da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, no dia 16 de
outubro. No dia 21, outro detento foi morto no presídio.
A transferência dos detentos
começou às 6h15 (8h15 de Brasília), quando os presos foram levados do Centro
Comando de Policiamento da Capital (CPC), onde estavam custodiados desde o
início da semana.
Além dos sete presos ligados a
facção criminosa, detentos da operação 'Cartas Marcadas', que investiga fraude
e desvio de dinheiro na Assembleia Legislativa de Roraima e corre em segredo de
Justiça, também foram transferidos, segundo policiais.
Em seguida, eles passaram pelo
Instituto Médico Legal, e depois foram levados ao Aeroporto Internacional de
Boa Vista Atlas Brasil Cantanhede. No local, os presos embarcaram em um avião
da Polícia Federal que decolou às 8h10 (10h10 de Brasília). A ação foi
conduzida por agentes do Bope, Força Tática, Giro e PF e Dicap.
A transferência dos
presidiários foi determinada pela Justiça Federal e acolhida pelo juiz auxiliar
da Vara de Execução Penal, Marcelo Oliveira. A decisão foi publicada no Diário
da Justiça Eletrônico na quarta-feira.
Conforme a publicação, devem
ser transferidos os presos Herculano Santos de Souza, Francivaldo dos Santos
Calazans, Richardson Santos de Souza, Francisco Valente de Mesquita, Evaldo
Lira Almeida, Ramon Michel dos Santos Darros e Wilson da Silva Lopes.
Entre os crimes cometidos
pelos detentos estão homicídio, roubo, tráfico de drogas, associação criminosa
e falsidade ideológica. Eles devem ficar em Mossoró por pelo menos 60 dias.
Confronto entre presos
No dia 16 de outubro, dez
presos morreram e seis ficaram feridos durante um confronto entre integrantes
de uma facção rival. Durante o a briga, 100 familiares de presos foram feitos
reféns na unidade.
Após as mortes, o governo
transferiu presos, mas no sábado (21) outro presidiário foi assassinado na
penitenciária.
Na segunda-feira (24), a
Delegacia Geral de Homicídios informou que 50 presos são suspeitos de
envolvimento nas mortes que ocorreram na penitenciária. Todos estão sob
investigação.
Na terça (25), a Comissão
Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos
(OEA) emitiu um comunicado oficial onde condena o ocorrido na unidade e exige
que o governo investigue as mortes.
G1RN
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