Com o anúncio de intervenção do Banco Central a partir de
hoje, o dólar comercial abriu em queda intensa nesta terça, chegando a valer R$
3,198. Às 9h29, é vendido a R$ 3,201, com depreciação de 1,17%. Ontem, a moeda
teve alta de 0,49% e fechou a R$ 3,239. A Bolsa de Valores de São Paulo
(Bovespa) abriu em alta de 0,28%, aos 63.635 pontos, com bancos e Petrobras em
alta, após fechar ontem em alta de 0,28%.
- O BC está se antecipando a uma possível pressão que
deverá começar na quinta-feira, por conta da posse do Trump - explica Jaime
Ferreira da Rocha Junior, diretor de câmbio da Intercam Corretora. - Hoje o
mercado não tem muitos índices. Com agenda fraca, ficaremos atentos à volta do
mercado americano, depois do feriado de ontem.
A autoridade monetária, que não entrava no mercado desde
o dia 13 de dezembro, informou ontem, após o fechamento do mercado, que faria
nesta manhã a rolagem dos contratos de swap cambial tradicional com vencimento
em 1º de fevereiro. A intervenção acontece às véspera da posse de Donald Trump,
na sexta-feira.
Os temores são de que o republicano implante uma política
econômica inflacionária, o que pressionaria o Federal Reserve (Fed, o BC
americano) a aumentar ainda mais os juros e atrair para a maior economia do
mundo recursos hoje aplicados em outras praças, como a brasileira.
A operação colocará papéis com vencimento entre maio e
junho, com o objetivo de rolar cerca de U$ 6,4 bilhões que vencem até dia 1º de
fevereiro. "A justificativa dada pela equipe é a de dar liquidez para o
mercado", comenta a Elite Corretora.
Na Bovespa, a mineradora Vale, que ontem subiram 3,26%,
hoje devolvem parte dos ganhos e recuam 1,7%. A variação acompanha a queda do
minério de ferro na China. No porto de Qingdao, a commodity teve recuo de
2,51%, depois de uma disparada de 3,86% ontem.
Petrobras avança 0,5%. No setor bancário, Banco do Brasil
avança 0,42%. Bradesco, 0,12%. Itaú, 0,19%.
O Globo

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