
A retirada líquida foi menor
que a registrada em 2015, quando os saques haviam superado os depósitos em R$
53,6 bilhões. Com a crise econômica e o aumento do desemprego, desde o ano
passado, os brasileiros passaram a retirar dinheiro da poupança para quitar
dívidas e pagar contas.
Apesar da retirada no
acumulado do ano, os dois últimos meses de 2016 indicaram recuperação da
poupança. Os depósitos superaram os saques em R$ 1,9 bilhão, em novembro, e em
R$ 10,7 bilhões em dezembro, motivados principalmente pelo pagamento da segunda
parcela do décimo terceiro, que aumentou o volume de recursos disponível para a
poupança. A captação líquida em dezembro foi a segunda maior registrada para o
mês, perdendo apenas para dezembro de 2013 (R$ 11,2 bilhões).
A melhoria da rentabilidade e
a queda da inflação ajudam a explicar a redução na fuga de recursos da poupança
nos últimos meses do ano. No ano passado, a caderneta rendeu 8,3%. Até
novembro, a inflação em 12 meses medida pelo Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) estava em 6,98%. Em 2015, a aplicação tinha rendido
8,07%, mas o IPCA tinha fechado o ano em 10,67%.
Rentabilidade
Mesmo rendendo um pouco mais e
com isenção de Imposto de Renda, a caderneta de poupança continua com
rendimento inferior a outras aplicações. De acordo com levantamento recente da
Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade
(Anefac), os fundos de renda fixa com taxa de administração de até 2,5% são
mais rentáveis que a poupança para aplicações de um a dois anos.
Agência Brasil
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