Do total de 107 pacientes, 106 estão na região metropolitana de Natal, de acordo com dados do sistema Regula RN. 17 hospitais da rede pública estão com todos os seus leitos ocupados. Outros quatro, têm ocupação superior a 90%. De um total de 327 leitos, 309 estavam ocupados e 9 bloqueados.
Em Parnamirim, o Hospital Municipal fechou as portas para entrada de novos pacientes, na manhã desta sexta-feira (12), por causa da superlotação. Uma Unidade de Pronto-Atendimento também está há mais de 24 horas sem receber novos pacientes.
O governo afirma que tenta abrir novos leitos, mas também enfrenta dificuldades para isso. Nesta quinta-feira (11), o estado chegou a 314 leitos críticos operacionais na rede pública - o maior número desde o início da pandemia. Também na quinta, o estado chegou ao novo recorde de 962 pacientes internados com a doença, em leitos críticos e clínicos e nas redes pública e privada, que também está totalmente ocupada.
Entre as medidas que visam reduzir a pressão por leitos, o estado determinou toque de recolher das 20h às 6h todos os dias da semana, e integral, de 24 horas, nos domingos e feriados. Entretanto, algumas prefeituras, como Natal, flexibilizaram medidas e autorizaram, por exemplo, que restaurantes abram para atendimento presencial até às 21h, inclusive aos domingos.
Até esta quinta, o estado registrava uma letalidade de 2,77 pela doença em março - o número mais alto desde agosto de 2020. O índice compara o número de mortes ao número de casos confirmados. 178 óbitos já foram confirmados no estado somente nos 11 primeiros dias de março. Os dados ainda deverão passar por atualização.
Nesta sexta-feira (12), o diretor do Labotarório de Inovação em Saúde da UFRN e membro do comitê científico do estado, Ricardo Valentim, voltou a defender medidas de isolamento social para tentar reduzir a taxa de casos, internações e óbitos.
“Hoje temos 17 hospitais com 100% de ocupação dos leitos críticos. Neste cenário, é preocupante falarmos sobre flexibilizar medidas restritivas. Não é nada confortável a situação. Hoje o cenário é grave”, disse. “A partir do dia 8 de fevereiro, os dados apontam que há um crescimento nos números de internação de não idosos. Isso é preocupante, porque cada vez mais os jovens estão sujeitos ao vírus”, complementou.
O pesquisador Leonardo Lima reforçou que os dados reforçam a urgência da vacinação em massa da população. Ele reforçou ainda que não há medicamentos com eficácia comprovada para tratamento da covid-19. “No início da pandemia houve um trabalho no sentido do reposicionamento de certos medicamentos para tratar a covid-19. Um ano depois, há diversos estudos atestam que estes medicamentos usados há um ano não tem eficácia contra o coronavírus. Isso é um dado atestado e comprovado. O mundo inteiro está investindo em vacina, porque a vacina é a única forma para que tenhamos uma retomada segura das atividades”, afirmou ele.
G1RN
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