Embora muitos danos à saúde sejam associados ao fumo, pouco se fala sobre o potencial geral de toxicidade da fumaça do cigarro. Os pesquisadores da BGU desenvolveram o painel bacteriano: um sistema de teste de fumaças que usa bactérias bioluminescentes geneticamente modificadas para medir a complexidade da mistura molecular da fumaça de cigarros com e sem filtro.
Publicados na revista científica Talanta, os resultados do estudo indicam que a fumaça do cigarro afeta a comunicação entre as bactérias. Esse processo pode causar um efeito negativo para o organismo ao formar biofilme — estruturas que protegem as bactérias e as fazem criar maior tolerância a antibióticos — nos pulmões. Em outras palavras, a toxicidade do cigarro auxilia a formação de bactérias em biofilmes e as torna mais resistentes.
A descoberta acende um alerta para os fumantes, já que o novo coronavírus afeta o sistema respiratório dos pacientes e demonstra ser mais perigoso do que outros vírus respiratórios. Apesar disso, os cientistas notaram que os filtros reduzem a toxicidade da fumaça dos cigarros. Ainda assim, ajustes são necessários para que os danos ao organismo sejam amenizados.
Segundo Robert Marks, chefe do Departamento de Biotecnologia do Avram and Stella Goldstein-Goren Department of Biotechnology Engineering, da BGU, o experimento prova que o filtro é crucial na redução dos danos do fumo. “Novos filtros precisam ser desenvolvidos para reduzir a toxicidade do cigarro”, explica.
Olhar Digital
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Reflita, analise e comente