Upa de Macaíba (Arquivo) — Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi
Mesmo com uma decisão liminar da Justiça em mãos, a família de Jacilene Alves, de 42 anos, tenta há três dias conseguir a transferência da mulher, que está com Covid-19 em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Grande Natal, para um leito de UTI.
A paciente está internada há seis dias na UPA de Macaíba e foi intubada há três dias, após o quadro se agravar. Os médicos afirmam que ela precisa urgentemente de uma UTI.
No final da manhã, a Secretaria de Saúde do Estado afirmou que a mulher foi regulada para uma vaga no Hospital João Machado em Natal, mas ainda aguardava transporte.
Jacilene não é um único caso de pessoas à espera de leitos. No final da manhã desta quinta-feira (11), o sistema Regula RN registrava 91 pessoas à espera de um leito crítico em todo o Rio Grande do Norte, mas havia apenas 12 leitos disponíveis. A taxa de ocupação passa dos 96% no estado.
Somente na região metropolitana de Natal, eram 89 pacientes para apenas 11 leitos disponíveis por volta das 11h. A taxa de ocupação dos leitos críticos passou de 96% em todo o estado.
A família de Jacilene contou que ela apresentou sintomas de gripe e demorou para procurar atendimento. Quando chegou à UPA, o quadro já era grave. Desde esta quarta-feira (10), o marido roda pelas repartições da Secretaria de Saúde do Estado em busca de um leito.
"Estou aqui na Sesap para ver se consigo agilizar um leito de UTI para minha esposa que está em Macaíba em estado grave, precisando desse leito faz três dias. A Justiça já mandou, mas eles ainda não mandaram", afirmou o taxista João Maria Paiva, marido de Jacilene, emocionado.
"Estou me sentindo um trapo. A gente paga tanto imposto e na hora que precisa do governo, não consegue", complementou.
G1RN
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