Em entrevista ao Bom Dia RN desta quinta (4), o secretário anunciou a abertura de novos leitos, mas ressaltou que “vai faltar leito se não contivermos a transmissão do vírus” e confirmou que o estado vai aumentar as medidas de restrição de circulação de pessoas.
“Vivemos um momento trágico, um momento triste, onde estamos vendo cada dia mais o sistema de saúde superlotado, saturado, em muitas regiões, em muitos estados do país, e aqui não seria diferente. Estamos abrindo leitos, mas essa abertura de leitos tem um limite humano, de profissionais, e ainda de insumos, de equipamentos”, afirmou.
De acordo com o secretário, o estado abriu em torno de 40 leitos nas últimas semanas e há projeto para abrir outros no Hospital Giselda Trigueiro, Hospital João Machado e nas cidades de São Gonçalo do Amarante, Parnamirim, São Paulo do Potengi, João Câmara, Santo Antônio e Assu.
Nesta quinta (4), a taxa de ocupação de leitos crítico no RN era de 93,5%. Na região Oeste, a mais crítica do estado, a taxa é de 98,8%.
Novas restrições
O secretário confirmou que o estado vai ampliar as medidas de restrição para tentar conter o avanço da pandemia no Rio Grande do Norte. Ele não detalhou quais medidas serão tomadas. “Deverá sair um novo decreto ampliando as restrições. O limite está sendo discutido ainda para exatamente diminuir a circulação de pessoas e aumentar a fiscalização. Tem questões críticas que precisamos atacar, como o transporte público lotado. (...) É preciso que realmente só circule pessoas que estão em atividades essenciais, que sejam asseguradas todas as medidas de distanciamento pra conter a transmissibilidade, para ter um alívio da saturação no sistema de saúde".
‘A morte está chegando perto de cada um de nós’
Cipriano citou o aumento do número de casos de Covid-19, de mortes e de internações pela doença no Rio Grande do Norte e no Brasil e pediu uma mudança de atitude da população.
“Já ultrapassamos 3.600 mortes no estado, o Brasil ontem bateu mais um recorde de mortes, então, se as pessoas não agem pelo bom senso que pelo menos ajam pelo medo. A morte está chegando perto de cada um de nós e isso exige que a gente possa mudar de atitude: deixar de negar a realidade, deixar de acreditar em ilusões, como por exemplo que existe tratamento precoce, e se cuidar porque a única forma que o mundo todo tem trabalhado para conter o vírus é exatamente o isolamento social, o distanciamento”.
G1RN
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