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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

JUSTIÇA AFIRMA QUE A EX-GOVERNADORA WILMA DE FARIA ERA ALVO DA INFLUÊNCIA DE LAURO MAIA

A ex-governadora Wilma de Faria pode ficar tranquila: em todas as 280 páginas da sentença do juiz federal Mario Jambo, o nome dela é citado menos de 10 vezes. Contudo, dentro de casa, ela tem que abrir o olho: o filho dela, suplente de deputado estadual, Lauro Maia, foi responsável por um dos maiores esquemas de corrupção já denunciados, causador de um prejuízo de R$ 36 milhões aos cofres públicos e influenciador, diretamente, da situação de caos na saúde pública vivida no Rio Grande do Norte.

“A corrupção é um delito devastador em relação à credibilidade da Administração Pública.  Além do dano moral, causa gigantesco prejuízo aos cofres públicos e é executado de forma dissimulada e silenciosa.  No entanto, em verdade, representa um delito de extrema violência, da violência indireta, porque faz o sangue respingar longe, geralmente nas filas dos hospitais públicos, abarrotados e sem estrutura, ou na supressão das possibilidades e esperanças de futuro para aqueles que buscam uma escola pública de qualidade”, afirmou o juiz Mario Jambo em um trecho da sentença que, em poucas horas, ganhou milhares de compartilhamentos nas redes sociais, demonstrando o quão aguardada era essa sentença da Operação Higia.

Não era por acaso. A ação de parceria da Polícia Federal com o Ministério Público Federal, deflagrada em 2008, ganhou rapidamente manchetes dos jornais locais – e nacionais – na época por levar para a cadeia (prisão temporária) o filho da então governadora, Lauro Maia. Por envolver diretamente recursos utilizados na saúde pública, o esquema denunciado teve enorme repercussão e se configurou como um dos principais escândalos do Governo Wilma.

Isenta da denúncia de corrupção na época, Wilma não conseguiu livrar o filho, que foi condenado na sentença de Mario Jambo, publicada na tarde desta quarta-feira (19), a 16 anos de prisão (pena ainda aguardando confirmação no Tribunal Regional Federal da 5ª Região para poder ser cumprida). Não foi por acaso: a absolvição de Wilma está diretamente ligada à atribuição de responsabilidade do filho, uma vez que na sentença ele é colocado como agente influenciador das decisões da governadora, como se ela tivesse dado aval ao esquema apenas por ação dele.


“Lauro Maia, como já dito, não ocupava cargo público no Governo do Estado, mas se valia da sua condição de filho da então governadora do Estado do Rio Grande do Norte para influenciar servidores públicos dos mais variados escalões – inclusive sua própria mãe, como ficou demonstrado no conjunto de áudios transcritos – e ocupantes de cargos de primeiro escalão da estrutura organizacional do Governo Estadual, sempre no interesse das empresas com ele previamente acordadas”, afirmou o juiz federal.


E mais: utilizou, segundo a Justiça Federal, a residência oficial da governadora, onde Wilma morou até 2010, para comandar a corrupção. “Os fatos estão escancarados nos elementos produzidos na investigação e na instrução processual: o acusado Lauro Maia realmente não tinha matrícula, cargo ou contracheque no Governo do Estado do RN, mas detinha o que nenhum outro secretário ou servidor público tinha, um escritório dentro da residência oficial da Governadoria, e os autos demonstram que ele transformou um prédio público em um epicentro de corrupção e de tráfico de influência”, apontou Mario Jambo.

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