O ministro da Previdência
Social, Garibaldi Alves Filho (PMDB), afirmou mais uma vez, na tarde de ontem
(24), que não será candidato ao Governo do Estado em 2014. Contudo, isso não
quer dizer que na véspera de natal o assunto “candidato a governador do PMDB”
ficou sem novidades. Pelo contrário: em entrevista ao Jornal do Dia, da TV
Ponta Negra, Garibaldi afirmou que, por ele, o empresário Fernando Bezerra
seria o nome do partido para a disputa eleitoral do próximo ano.

Segundo Garibaldi Filho, o
ex-senador, ex-ministro da Integração Nacional e atualmente empresário Fernando
Bezerra seria o nome certo para resolver a crise financeira pela qual o Governo
atravessa. “Temos um nome, que é um nome bem cotado no plano nacional, porque
já foi ministro, e é um nome para enfrentar as dificuldades do estado
atravessa, onde o governante é um mero pagador da folha de pagamento, porque o
Estado perdeu a capacidade de investimento”, justificou Garibaldi, logo depois
de dizer que está fora da lista de potenciais candidatos ao Governo.
O nome de Fernando Bezerra
para o Governo do Estado não é, necessariamente, uma novidade nas rodas
peemedebistas. Já é cotado para ser o candidato do partido desde setembro,
quando o PMDB rompeu com a gestão estadual e anunciou que teria candidato
próprio. Bezerra, inclusive, teria até sido convidado por Henrique Alves,
presidente da Câmara dos Deputados e do partido no RN, para a missão. Contudo,
ainda não deu resposta. Tampouco, havia sido defendido de maneira tão direta e
clara quanto foi por Garibaldi Filho na tarde de hoje.
O que faz Fernando Bezerra
ainda não ter dado a resposta é o receio por encontrar certa resistência até
entre os correligionários, consequência do fato dele estar afastado do cenário
político desde 2002, quando disputou o Governo do Estado e perdeu para Wilma de
Faria (potencial candidata no próximo ano). “Eleitoralmente, há quem diga que
tendo se afastado da politica ele teria algumas dificuldades, mas eu acredito
que (o PMDB) haveria de ter um nome de candidato forte com ele”, defendeu
Garibaldi.
Por sinal, apesar de ressaltar
por diversas vezes que não “decide sozinho” e que não tem autoridade para
lançar um candidato, “porque o presidente do partido é Henrique Alves
(presidente da Câmara dos Deputados)”, Garibaldi Filho afirmou que seja qual
for o nome peemedebista, a sigla estará unida. “O PMDB não pode decidir antes
de março. Você sabe muito bem, divergimos na última eleição, mas eu creio que
nos vamos convergir para a do próximo ano”, afirmou.
Em 2010, para quem não lembra,
Garibaldi ficou do lado da então candidata Rosalba Ciarlini (DEM), enquanto
Henrique Alves apoiou o nome Iberê Ferreira para o Governo. Rosalba ganhou e
Henrique acompanhou Garibaldi no Governo até setembro deste ano, quando o
partido rompeu com a gestão estadual, alegando falta de interlocução e o
objetivo de lançar um “nome próprio” para o Governo.
Alianças
Ainda com relação a 2014,
Garibaldi Filho afirmou que o PMDB deverá trabalhar também uma larga rede de
alianças, que vai desde um dos extremos do cenário político, o DEM de Rosalba
Ciarlini e José Agripino, até o outro, o PT de Fernando Mineiro e Fátima
Bezerra. “Não temos condição de lançar um candidato próprio que não tenha atrás
de si ou convergindo para ele um amplo arco de aliança. Então, parece chavão,
mas vamos conversar com todo mundo, o mundo todo”, afirmou ele.
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