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O
coordenador médico do concurso da Polícia Militar, coronel Silvério Monte, foi
à Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira (9), para dar explicações
sobre o resultado dos exames clínicos que reprovaram 547 candidatos pleiteiam
vagas nos quadros da PM. Segundo o representante da PM, a maior parte das
reprovações ocorreu nos exames psiquiátricos e psicológicos, mas ele admite que
os casos poderão ser revistos.
Com as galerias
do plenário da Assembleia lotadas por candidatos ao ingresso na PM, a audiência
pública na comissão de Saúde, proposta pelo deputado Álvaro Dias (PMDB), tem o
objetivo de discutir sobre os motivos que levaram à reprovação de 547 dos 707
candidatos que se submeteram aos testes. Os dados apresentados mostram que a
grande maioria dos considerados inaptos não passou no psicoteste, que é o exame
psicológico a qual é submetido o candidato para detectar os seus coeficientes
intelectual e emocional.
De acordo
com o coronel Silvério Monte, 2 candidatos foram reprovados em exames
laboratoriais, 6 nos exames clínicos, 13 foram reprovados por problemas de
visão, 13 por problemas ortopédicos e 24 foram considerados inaptos logo na
entrevista com o psiquiatra (cedido pela Sesap para os exames nos candidatos).
Os demais 489 foram reprovados no psicoteste, enquanto nenhum foi considerado
inapto por problemas odontológicos.
"Tem
uma semana que foi realizado o concurso e não dá para se levantar uma razão
única para esse número de reprovações. Porém, também é uma razão única um
concurso que tenha a sua terceira etapa, a etapa de saúde, sendo realizada 10
anos depois da prova. Precisamos estudar caso a caso", disse coronel
Silvério Monte.
Apesar
de rumores e acusações por parte dos candidatos de que o exame teria sido muito
rigoroso com a intenção de reprovar mais candidatos, o coronel Silvério Monte
explicou que seria interesse do Estado a nomeação de todos os candidatos, uma
vez que o Executivo está impedido de realizar novos concursos devido a
limitações financeiras e, como os candidatos têm amparo judicial, eles
passariam a reforçar os defasados quadros da PM.
"Uma
avaliação psiquiátrica de 10 minutos não seria suficiente para avaliar as
condições de todos os candidatos, por isso pedimos uma avaliação psicológica
para auxiliar no processo seletivo. Simplesmente é uma questão técnica. Seria
mais interessante ao Estado aproveitar ao máximo essas pessoas. Mas como
ficaria alguns anos depois se esses indivíduos tivessem alguma alteração e
trouxessem prejuízos materiais e humanos, que são os mais graves? Por isso é
necessário ter cautela", explicou o coronel Silvério.
Recursos
A PM
pretendia prorrogar por cinco dias o prazo para que os candidatos entrem com
recursos para reverter a decisão. Contudo, a corporação entendeu que não seria
possível devido a entraves burocráticos e jurídicos. Assim, a PM orienta os
reprovados que que recorrer dos resultados dos exames a pedirem a prorrogação
de prazo no momento em que os recursos forem impetrados.
Tribuna do Norte
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