SUPERMERCADO J. EDILSON: O MELHOR PREÇO DA REGIÃO - Ligue: 3531 2502 - 9967 5060 - 9196 3723

SUPERMERCADO J. EDILSON: O MELHOR PREÇO DA REGIÃO - Ligue: 3531 2502 - 9967 5060 - 9196 3723

domingo, 9 de fevereiro de 2014

ARTESÃO ANGICANO RECEBE APOIO DA UFERSA ATRAVÉS DA INEAGRO CABUGI

Quem mora no coração da catinga, região do sertão central do Rio Grande do Norte, sabe das dificuldades para superar a falta de água e, as consequências, de vários meses de estiagem. As dificuldades, porém, não foram motivos para ceifar o talento de um artesão de Angicos. José Marcos Rodrigues, de 32 anos, há dois anos sobrevive da confecção de peças em madeira.

A inspiração para as peças confeccionadas pelo artesão vem da própria região. São animais, objetos e pessoas esculpidas diretamente na madeira, a umburana, encontrada na própria região. Marcos garante que só utiliza madeira morta, ou seja, troncos catados no meio do mato.   “Ainda criança comecei a fazer alguns animais para brincar. Assim, fui tomando gosto”, confessa. Autodidata, José Marcos diz que, antes de ser incubado, não havia feito nenhum curso e que só freqüentou à escola até o sexto ano .

O artesão também não utiliza ferramentas adequadas. A maioria é improvisada por ele mesmo. O trabalho é feito na frente ou na sala da casa dele que é de taipa, construída com barro e pau-a-pique, e chão batido, no bairro Alto da Alegria, em Angicos. A falta de estrutura não foi empecilho para o artista buscar a Ineagro Cabugi – Incubadora Tecnológica e Multissetorial do Sertão do Cabugi, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Campus Angicos, para aprimorar o seu ofício.


Há doze meses, o artesão é um dos sete incubados da Ineagro Cabugi, onde busca aprimorar a técnica e divulgar a arte. “É um projeto interessante que tem dado apoio para melhorar o meu trabalho”, considerou. Depois de incubado, Marcos já participou de seis cursos promovidos pelo Sebrae, tendo participado também de feiras e exposições como a Ficro e a Feira da Indústria.

 As peças que retratam pessoas começaram ser feitas a partir de sugestão da Incubadora sendo a primeira o busto do pedagogo Paulo Freire, peça que já integra o acervo do Memorial Paulo Freire, em construção no campus da Ufersa Angicos. “A proposta da Ineagro Cabugi é oferecer a técnica para a profissionalização, consequentemente, a comercialização”, frisa o gerente da Incubadora, André Luiz.  A ideia é trabalhar com personalidades, incluindo, os jogadores de futebol. As peças são produzidas a partir de fotografias.

José Marcos confessa que não tinha a pretensão de ter o artesanato como atividade profissional, mas a falta de emprego na região o levou a vender as peças. “Ainda é muito desvalorizado”, confessa. Uma escultura, por exemplo, custa, dependendo do tamanho, entre R$ 30,00 a R$ 80,00. As peças com maior saída são as que retratam a fauna da região.  No último mês de janeiro foram comercializadas 25 esculturas.


* Fonte: Ascom/Ufersa

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Reflita, analise e comente