Gilmar Bristot apresenta análises meteorológicas para o Estado
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Segundo as análises,
apresentadas na III Reunião de Análise e Previsão Climática para o Norte do
Nordeste do Brasil,a probabilidade de índices pluviométricos normais é de 45%,
no Rio Grande do Norte. Porém, o prognóstico
também aponta 30% para que sejam abaixo do normal e 25%, acima do normal.
Durante apresentação das análises, Gilmar Bristot lembrou da importância dessa
previsão, já que corresponde ao período que mais se registra chuvas nas regiões
afetadas pelo desabastecimento. “Se não chove nesse período [entre os meses de
março e maio] fica difícil no resto do ano”, disse ele.
O meteorologista afirma que as
previsões para este ano são melhores que em 2013, mas ainda se considera chuvas
entre o nível normal e abaixo da normalidade em 2014. “Essas chuvas já devem
começar entre o fim de fevereiro e o início de março. Por isso, já foi
recomendado que os agricultores do Alto Oeste e da região Central, incluindo o
Seridó, comecem o plantio, para que o período mais provável das chuvas coincida
com o período em que a água é essencial à plantação, em meados de março”,
destaca Gilmar Bristot.
O meteorologista afirma que a
estimativa considera, entre alguns pontos, a elevação da temperatura de águas
oceânicas. “As temperaturas dos oceanos Atlântico e Pacífico favorecem o
deslocamento da Zona de Convergência Intertropical [ZCIT] para o Nordeste”,
disse. A ZCIT é considerada um dos mais importantes sistemas meteorológicos
atuantes nos trópicos, influenciada por rotas de ventos, temperatura da
superfície do oceano e região de encontro de nuvens próximo à linha do Equador.
Mas, Bristot lembra que, pela natureza, o quadro pode evoluir ou recuar para
uma atuação desfavorável.
Presente no evento, a
governadora Rosalba Ciarlini lembrou o problema de abastecimento nas maiores
cidades do Estado, como Pau dos Ferros, Currais Novos e Caicó, que já estão com
reservatórios em estado crítico. Na região do semiarido, reservatórios têm
armazenamento em torno de 25% e 30% de sua capacidade máxima.
Para isso, a governadora
afirma que dará continuidade às obras estruturantes para construção de um “anel
de águas”, além de estudar novos projetos para o Seridó e Alto Oeste. “Tivemos
uma previsão de inverno normal. Mas não não é suficiente para repor os
reservatórios. Teremos melhorias, mas não será suficiente para que todos venham
a ficar em um nível que assegure uma tranquilidade. Como foram dois anos de
seca, estamos em um limite crítico. Poderemos ter mais segurança, mas não será
suficiente. Continuaremos em estado de emergência, com medidas para atender a
população”.
Tribuna do norte
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