Desta vez, a mulher, uma
copeira do Hospital Pasteur, de 51 anos, disse que se confundiu ao reconhecer
Souza como o homem que roubou sua bolsa na Avenida Amaro Cavalcanti, no Méier,
zona norte do Rio.
“A vítima disse que estava
nervosa e estava escuro no local do roubo, mas não tinha firmeza em apontar
Souza como o autor do crime. Ela foi levada ao erro e afirmou que, desde o dia
seguinte, pretendia retornar à delegacia para dizer isso, mas não o fez porque
não tinha o dinheiro da passagem. A polícia não tem interesse em manter um
inocente preso, por isso, vou pedir à Justiça que solte o rapaz”, afirmou o
delegado.
Lima disse ainda que não foram
encontradas imagens do momento do assalto. O único vídeo obtido pela polícia
era da vítima saindo do Hospital Pasteur, onde trabalha, pouco antes de ter
sido assaltada em um ponto de ônibus próximo.
O processo ao qual Souza
responde pelo crime de roubo está tramitando na 33.ª Vara Criminal do Rio. Não
há previsão de quando o habeas corpus será analisado.
Caso. O caso ganhou
repercussão depois que a família e amigos do ator Vinícius Romão, de 27 anos,
que atuou na novela Lado a Lado, da Rede Globo, iniciaram uma campanha nas
redes sociais por sua libertação. Ele está preso desde o dia 10, acusado de ter
assaltado uma mulher, no Méier, zona norte do Rio. Negro e com cabelo black
power, Vinícius teria sido confundido com o assaltante.
“Meu filho foi completamente
injustiçado, principalmente pelos policiais, que não apuraram nada. Só chegaram
para a moça assaltada e disseram: ‘Foi ele, não foi’? Ela acabou confirmando.
Era apenas a palavra dela”, disse o tenente-coronel da reserva do Exército Jair
Romão, de 64 anos.
Romão contou que, depois da
novela, o filho passou a trabalhar como vendedor no Norte Shopping. Ele saiu da
loja Toulon depois das 22 horas de segunda-feira, 10, e caminhava para casa, a
cerca de 20 minutos dali. Quando estava sobre o Viaduto de Todos os Santos, foi
abordado por PMs, que ordenaram que ele deitasse no chão. Vinicius foi revistado
e levado algemado para a 25ª Delegacia de Polícia (Engenho Novo). Lá, foi
reconhecido por uma copeira do Hospital Pasteur, assaltada naquela noite a 600
metros de onde Vinícius foi preso.
Estadão
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