Deu no Jornal de Hoje
Depois de mais de um mês dos
crimes, os assassinatos dos lutadores de MMA, Luiz de França e Guilherme Matos,
conhecido como Guilherme Kioto, seguem sem uma definição. Os inquéritos ainda
estão esperando alguns laudos do Instituto Técnico-Científico da Polícia (Itep)
para serem finalizados. Porém, os casos evoluíram de maneiras diferentes.
No caso de Luiz de França,
morto em 10 de fevereiro, a investigação está em estado avançado e segue com
apenas um suspeito, o primeiro-tenente da PM Iranildo Félix de Souza. “Seguimos
apenas essa linha de investigação que é a de que Iranildo matou o Luiz de
França por causa da discussão que eles tiveram que acabou com a expulsão do
Iranildo da academia. Estamos apenas esperando alguns laudos do Itep, por isso
pedimos a prorrogação para finalizar esse inquérito, mas estamos bem adiantados
nas investigações”, destacou o delegado da 11ª DP, Sílvio Fernando.
De acordo com o delegado, Luiz
dava aulas mais leves e Iranildo queria mais violência, chegando, inclusive, a
desafiar outro professor da academia, que reportou a situação para Luiz que
decidiu devolver o dinheiro de Iranildo e o expulsou da academia.
Segundo Sílvio, uma das
principais provas de que Iranildo realmente assassinou Luiz de França foi a
declaração do capitão da corporação, Juscelino, quando soube que tinha sido um
tenente da PM o autor dos disparos. “Na época do crime, o capitão Juscelino
falou que tinha sido o Iranildo, pois, naquele mesmo dia, ele viu o Iranildo
com as mesmas roupas que a pessoa que atirou estava. Porém, quando ele veio
depor, ele mudou essa versão. Só que ouvimos várias pessoas e conseguimos
provar que o Juscelino mentiu quando veio depor aqui e que ele realmente viu o
Iranildo com as mesmas roupas do assassino”, disse.
Mesmo sem querer afirmar que o
PM foi o autor do assassinato, em entrevista para o Canal Combate, emissora
oficial do UFC, Sílvio Fernando apontou Iranildo como o executor. “Desde o
começo, quando eu fui lá e vi o corpo, eu tive a certeza que tinha sido o
Iranildo, porque o próprio capitão da corporação, o Juscelino, disse em alto e
bom som: ‘Ave Maria, foi Iranildo, que está afastado, que matou Luiz de
França!’”, frisou.
O delegado também destacou que
o álibi de Iranildo Félix não é verdadeiro, já que os registros da academia que
ele disse que ficou por mais de duas horas no horário do crime mostram uma
versão diferente da que foi dada pelo PM. “O Iranildo falou que foi para a
academia às 8h05. Porém, a impressão digital da academia mostra que ele entrou
às 10h08. Então, errar uma diferença tão grande de tempo não é normal. Ele
também disse que treinou por duas horas, mas os registros mostram que ele ficou
apenas 32 minutos”.
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