Os maiores índices foram
contabilizados em Natal e região metropolitana (180) e na região Oeste do
estado (61). O dado também mostra que o número de homicídios superou em 10, a
quantidade de execuções do ano passado.
Em Natal, foram 38 mortes
contabilizadas na zona Norte e 35 na zona Oeste; bairros que desenham o mapa de
violência na capital. Os bairros com maiores índices foram: Nossa Senhora da
apresentação (11), Felipe Camarão (10), Pajuçara (9) e Lagoa Azul (8).
Nas outras regiões da cidade,
destaque para os bairros: Pitimbú (4), na zona Sul, e Mãe Luiza (4), na zona
Leste. Totalizando na capital, 99 homicídios, número menor que o registrado no
mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 104.
Entre os municípios da região
Metropolitana, destaque para Parnamirim (25), Macaíba (12), São Gonçalo do
Amarante (12), São José de Mipibú (12) e Ceará-Mirim (9); no total foram 176
crimes com morte, 10 a mais que o mesmo período no ano passado. Para o Conselho
Estadual de Direitos Humanos, os municípios têm proximidade com os bairros mais
violentos da capital e desenham um “cinturão de violência” no mapa de
homicídios do estado.
“É notória a concentração de
crimes em bairros periféricos, que ligam Natal a outros municípios também com
altos índices. Podemos justificar isso, pelo fato das regiões serem mais
desprivilegiadas com políticas públicas essenciais como saúde, educação e principalmente
segurança”, disse o presidente do conselho estadual, Marcos Dionísio.
No interior do estado, os
assassinatos estão concentrados na região Oeste. Dos 61 contabilizados, 24
ocorreram na cidade de Mossoró. A cidade de Baraúna, também na região, aparece
pela primeira vez no cenário, com cinco ocorrências. Na região Agreste e
Central foram 12 homicídios em cada, com a cidade de Santa Cruz liderando com
cinco homicídios.
Para o Conselho Estadual de
Direitos Humanos, o descaso do poder executivo municipal com a segurança
pública, e o número de efetivos policias defasado contribuem para esses dados.
“O governo não priorizou em nenhum momento a segurança. Falta vontade política,
policiais militares para o trabalho ostensivo e policiais civis para elucidar
os crimes. Além disso, falta estrutura de trabalho para essas categorias”.
O titular lembra a proximidade
com o evento da Copa do Mundo em Natal e a preocupação do conselho com os
possíveis crimes que podem ocorrer no período. “Natal se prepara para receber
uma Copa do Mundo em meio a uma verdadeira guerra civil. Políticas públicas
devem ser tomadas com urgência”, lembrou.
Com informações do Jornal de
Hoje
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