O presidente da Petrobras Biocombustível,
Alberto Fontes, em visita ao estado, teve audiência com o governador potiguar,
Robinson Faria. Eles conversaram sobre a ampliação da atuação da companhia no
Rio Grande do Norte, com destaque para a planta de biodiesel de Guamaré, que
acaba de receber a licença para operar comercialmente após passar por obras
para ampliação e adaptações técnicas.
Até então, a unidade era utilizada apenas como
planta experimental de novas tecnologias. Com a concessão da Agência Nacional
de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), publicada no DOU sexta
passada (13), a planta potiguar triplica sua capacidade inicial, enquanto
planta experimental, saltando de 7,2 milhões de litros de biodiesel ao ano para
20,1 milhões para produção comercial.
Para iniciar a plena operação em escala
comercial, a usina aguardará a publicação da licença de comercialização, o que
ocorrerá brevemente, capacitando a unidade a participar dos próximos leilões da
ANP.
Com a ampliação, a Petrobras Biocombustível
terá capacidade para cerca de 867 milhões de litros de biodiesel por ano,
somando-se as capacidades produtivas das três usinas próprias da empresa,
localizadas em Candeias (BA), Montes Claros (MG) e Quixadá (CE), e duas em
parceria com a empresa BSBIOS, em Marialva (PR) e em Passo Fundo (RS).
O desafio é a estruturação da cadeia produtiva
do biodiesel no estado de forma sustentável, contribuindo com geração de novas
oportunidades de renda e contribuindo com meio ambiente. Nesse sentido, a
Petrobras Biocombustível e a Liquigás Distribuidora promovem em parceria uma
campanha de coleta de óleo de cozinha usado no estado do Rio Grande do Norte.
Em outra parceria, desta vez com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
a companhia mantém, na cidade de Extremoz, a 16 km de Natal, uma planta piloto
para cultivo de microalgas para produção de biodiesel.
As microalgas colocam a Petrobras na vanguarda
das pesquisas de renováveis na América Latina em razão de seu potencial de
produção de óleo, superior aos das espécies vegetais utilizadas na produção de
biodiesel, aliado à absorção de CO2 e à limpeza da água. O projeto identificou
cerca de 10 espécies de microalgas capazes de crescer em água de produção de
petróleo, uma vez que serão cultivadas nesses tanques.
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