
A gestante, que vivia no
Nordeste mas não foi identificada, relatou sintomas compatíveis à infecção
semanas antes de sofrer um "aborto retido", que ocorre quando o feto
para de se desenvolver no útero.
Após usar anticorpos para
detectar a presença de uma infecção no tecido da placenta, os pesquisadores
depois identificaram o zika por meio de PCR – exame que detecta traços de
material genético do patógeno.
"Este resultado confirma
de modo inequívoco a transmissão intrauterina do zika vírus", afirmou
comunicado do instituto. A pesquisa foi liderada pela virologista Cláudia Nunes
Duarte dos Santos.
Segundo os cientistas do
instituto, a transmissão da infecção pelo vírus provavelmente se dá por meio
das chamadas "células de Hofbauer", um tipo de célula do sistema
imune, que defende o organismo.
As células de Hofbauer
estariam provavelmente capturando o zika e depois sendo absorvidas pela
placenta, mas pesquisadores ainda não conseguiram confirmar essa tese.
O zika vírus é transmitido
pelo mosquito Aedes aegypti e foi identificado pela primeira vez no país em
2015. A doença tem sintomas leves, como febre baixa e dor muscular, mas os
riscos são grandes para gestantes. O Ministério da Saúde declarou emergência
pelo aumento de casos de microcefalia em bebês (quando o crânio tem tamanho
menor que a média – 32 centímetros) relacionados ao vírus, além de abortos.
G1 Bem Estar
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