O Índice de Confiança do
Empresário do Comércio (Icec), da Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC), atingiu 80,1 pontos em abril, uma queda de 0,3 % em
comparação ao mês anterior. O resultado foi influenciado pela queda nas
intenções de investimentos. Em relação a abril de 2015, o Icec encolheu 8,0%,
refletindo a contínua retração na atividade do comércio, que se dá
especialmente pela deterioração do mercado de trabalho.
“A confiança do empresário do
comércio voltou a cair após três aumentos consecutivos e depois de ter atingido
a mínima histórica no fim de 2015, na série que considera os ajustes sazonais.
Não detectamos fatores que indiquem reversão no ritmo de atividade do comércio,
ainda sem perspectivas de recuperação no médio prazo, especialmente em função
da deterioração do mercado de trabalho, desemprego e queda na renda real dos
consumidores”, explica a economista da CNC Izis Ferreira.
O subíndice que mede as
condições correntes (Icaec) chegou a 42,4 pontos, o que mostra um crescimento
de 5,3% em relação a março. Mas, em comparação ao ano anterior, registrou queda
de 19,2%.
O comércio varejista continua
menos pessimista em relação às condições atuais da economia em abril. A
avaliação positiva da percepção dos comerciantes em relação ao setor subiu 7,1%
na comparação mensal, mas caiu 18,5% quando comparada ao mesmo período de 2015.
Também foi registrado aumento de 8,8% no que diz respeito à avaliação sobre a
economia e retração de 21,6 % em relação ao ano de 2015. No entanto, o volume
de comerciantes que avaliam as condições atuais como “piores” continua elevado.
Para 93,3% dos varejistas, a economia piorou em abril de 2016.
Expectativas futuras
apresentam pequena alta
O subíndice ligado às
expectativas em relação aos próximos meses alcançou 123,2 pontos em abril.
Apesar de estar acima do nível de indiferença, de 100 pontos, o resultado se
manteve praticamente estável, com apenas 0,4% acima do registrado em março. Na
comparação anual, o aumento é de 0,7%, primeira taxa positiva nessa base de comparação
observada desde 2013. “As perspectivas estão melhores neste mês de abril do que
estavam em abril de 2015 para a economia (8,1%), enquanto estão piores para o
setor do comércio (-0,3%) e para o próprio negócio (-3,4%)”, avalia Izis
Ferreira.
Avaliação pior dos estoques
O subíndice que mede as
condições de investimentos caiu 2,9% em relação a março e 13,6% na comparação
anual, alcançando 74,8 pontos. O resultado foi influenciado por reduções em
todos os itens: intenção de contratação de funcionários (-3,9%), intenção de
investimento na empresa (-2,6%) e avaliação do nível dos estoques diante da
programação de vendas (-2,1%).
O estudo aponta que, para
74,7% dos entrevistados, as intenções de investimento no capital das empresas
são menores, reflexo da trajetória de crescimento das taxas de juros e da
elevação do custo de financiamento. A avaliação do nível dos estoques diante da
programação de vendas de março para abril caiu 2,1%, o que indica alta no nível
dos estoques. Para 34,4% dos empresários, os estoques estão acima do adequado,
maior percentual da série histórica desse indicador.
Fecomércio RN
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