
Os banqueiros elevaram a
oferta de 7% para 8% de reajuste salarial e também ofereceram um abono de R$
3,5 mil e a garantia de conceder, no próximo ano, a reposição da inflação e 1%
de aumento real, entre outros benefícios.
Nessa décima rodada de
negociações, os bancos se comprometeram ainda a corrigir o vale-alimentação em
15%; o vale-refeição e o auxílio creche/babá em 10% e a implantar a
licença-paternidade de 20 dias. Em relação à Participação nos Lucros e
Resultados (PLR), o acordo prevê parcela adicional de 2,2% do lucro líquido dividido
linearmente para todos, limitado a R$ 4.367,07, sendo que a primeira parcela
será paga até dez dias após assinatura do Contrato de Convenção Coletiva.
Por meio de nota, a
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) observou que
a defesa do emprego está entre as prioridades e que “neste sentido, a
negociação conquistou a instalação de um Centro de Realocação e Requalificação
Profissional nos bancos”.
Dias parados não serão
descontados
Os dias parados não serão
descontados, mas desde que a categoria ponha um fim à greve nas assembleias de
hoje (6), retornando ao trabalho amanhã (7).
Para o presidente da
Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, Roberto
von der Osten, “os bancários saem vitoriosos de uma das campanhas mais difíceis
dos últimos anos, impactada pela conjuntura política e econômica do país”,
salientou ele, por meio de nota. Informou que, inicialmente, a Fenaban havia
oferecido reajuste de 6,5% nos salários.
O líder dos bancários considerou
ainda um avanço fechar questão sobre o acordo coletivo de 2017 com a garantia
da reposição inflacionária e de aumento real, além dos reajustes dos benefícios
com alimentação e auxílio creche/babá. “Garantimos a extensão dos direitos e
valores para todos os bancos públicos, diferente dos anos 90, mas uma vitória
inédita foi a garantia do não desconto e da não compensação dos dias da greve,
um instrumento medieval de punição dos grevistas”, apontou.
A vice-presidenta da
Contraf-CUT e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia
Moreira, também fez um balanço positivo das negociações. Disse que elas
ocorreram “em um ambiente de alta incerteza política e econômica”. Dados da
entidade indicam que ontem (5) mantiveram-se parados os atendimentos ao público
em 13.123 agências e 43 centros administrativos, o equivalente a mais da metade
(55%) das instituições em todo o país.
Agência Brasil
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