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Navio atuneiro potiguar Oceano
Pesca I possui cerca de 22 metros de comprimento — Foto: Cedida/Everton Padilha
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Um navio atuneiro potiguar,
com cerca de 22 metros de comprimento e 10 tripulantes a bordo, foi atacado por
um navio chinês que tem mais que o dobro do tamanho. Segundo o Sindicato da
Indústria de Pesca do Rio Grande do Norte, o ataque aconteceu no final da manhã
desta quinta (22) a 280 milhas da costa brasileira, já em águas internacionais.
Não há feridos.
“Está acontecendo uma guerra
no mar, uma guerra pelo atum”, disse Gabriel Calzavara, presidente do
Sindpesca.
O sindicalista contou que o
navio chinês bateu propositalmente no Oceano Pesca I, que é o nome da
embarcação potiguar. “Por rádio, o comandante chinês disse, em português, que
iria mandar ao fundo o navio brasileiro. E começou a se aproximar muito
rapidamente, até bater”, afirmou.
O G1 também falou com o dono
da atuneiro. Everton Padilha disse que o Oceano Pesca I só não naufragou graças
a uma proteção de poliuretano que serve como acondicionante térmico para manter
os peixes frescos. “Abriu um buraco no casco. Como depois da chapa de aço tem
essa camada de poliuretano, ela impediu que a água invadisse o interior do
navio. O navio potiguar resistiu porque é novo e feito de aço. Senão, teria
afundado, a tripulação estaria morta agora e ninguém jamais saberia o que havia
acontecido”, acrescentou.
Por fim, Everton disse que a
tripulação está bem, e que o navio já está retornando para Natal, devendo
atracar na capital potiguar na manhã deste sábado (24). “Deveríamos passar 25
dias em alto-mar pescando atum. Agora, com o que aconteceu, estamos voltando
com prejuízo”, ressaltou.
“É preciso que o governo
brasileiro tome providências antes que o pior aconteça”, concluiu Gabriel.
A Marinha do Brasil, por meio
da assessoria de comunicação do Comando do 3º Distrito Naval, em Natal, disse
que vai se pronunciar sobre o ocorrido ainda nesta sexta-feira (23).
G1RN
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